VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

“Apanhava de cinto”, diz delegada sobre agressões do ex-marido

Juliana Domingues é ex-chefe da Delegacia de Atendimento à Mulher de Volta Redonda, Rio de Janeiro. Ela contou que foi vítima de violência doméstica várias vezes pelo seu marido à época, o tenente-coronel da Polícia Militar Carlos Eduardo da Costa

“Apanhava de cinto”, diz delegada sobre agressões do ex-marido
A delegada Juliana Domingues sofreu agressão física diversas vezes, todas cometidas pelo seu marido à época – Crédito: Reprodução/TV Globo

A delegada Juliana Domingues afirmou que foi vítima de violência doméstica praticada pelo marido dela à época: “Eu apanhava de cinto”, relatou. As agressões eram praticadas pelo tenente-coronel da Polícia Militar Carlos Eduardo da Costa.

Publicidade

Juliana é ex-chefe da Delegacia de Atendimento à Mulher de Volta Redonda, no interior do Rio de Janeiro. Atualmente, Costa é coordenador de segurança do Tribunal Regional Federal (TRF) do Rio.

Delegada relata agressões

Juliana contou que foi vítima de agressões em várias ocasiões. “Por muitas vezes, eu apanhava de cinto. Por várias vezes, ele também me fazia contar as cintadas. Uma vez ele me bateu na frente do meu filho, me deu um tapa no rosto. Na época dos fatos, eu era delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher. Isso me fez pensar muito. Antes, eu tinha vergonha. Como isso foi acontecer comigo?”, relatou a delegada.

Em entrevista concedida ao programa Fantástico, da TV Globo, a investigadora também falou sobre a violência sofrida entre os anos de 2021 e 2022. “Ele falava pra mim, por várias vezes que ele me agrediu: ‘Eu bato na delegada da Deam. E o que você vai fazer?'”, narrou.

Estupro

Juliana disse que chegou ao limite um dia quando Eduardo disse que o casal iria ao teatro com duas amigas dele. Ela não se animou com a ideia.

Publicidade

“Ele me levou para o nosso quarto, e ali ele me estuprou. Ele fez sexo comigo contra a minha vontade. E eu chorei muito. E eu pedi para ele parar. E óbvio que ele não parou. E ele, quando terminou, virou para mim e falou: “E agora você vai tomar seu banho? Porque o teatro é às 4 horas da tarde”, contou.

Ela ainda acrescentou que acha “importante dividir a minha história, justamente porque eu sei que, infelizmente, muitas mulheres estão passando pelo que eu passei, com medo e vergonha. Eu quero dizer pra elas que elas não se sintam assim. Que existe ajuda”, explicou.

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.