Lourival Correa Netto Fatiga, técnico de informática preso desde abril, acusado pelo desaparecimento e morte da advogada e estudante de psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, preparou uma sepultura para enterrar a vítima antes mesmo de executar o crime. A última vez que Anic foi vista viva foi no dia 29 de fevereiro, quando saía a pé de um shopping na cidade.
Em uma entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (24), a advogada de Lourival, Flávia Froés, revelou que o suspeito havia preparado uma sepultura na casa dele antes de cometer o assassinato. Anic foi morta com um soco na traqueia durante uma visita a um motel em Itaipava, destino onde chegou acompanhada de Lourival.
Durante a entrevista, Flávia Froés retomou a narrativa de que o corpo de Anic foi rapidamente sepultado por Lourival. Segundo informações, ele teria cavado o buraco e, posteriormente, selado o local com cimento no mesmo dia, em 29 de fevereiro de 2024. Froés expressou a intenção de apresentar provas que mostrariam que Lourival agiu a mando de Benjamim Cordeiro Herdy, viúvo de Anic, de 78 anos.
Motivação do assassinato de Anic
De acordo com a carta escrita por Lourival, ele teria agido sob ordens de Benjamim, alegando envolvimento em uma disputa familiar. Benjamim e Anic estavam casados há 20 anos e, segundo a defesa de Lourival, o crime foi tramado em janeiro. Após o sequestro, exigiram R$ 4,6 milhões como resgate pela libertação da advogada.
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, através da 105ª DP (Petrópolis), descartou a participação de Benjamim no crime após investigação. O relatório confirma que Anic foi assassinada, e Lourival permanece como o principal suspeito. Outras pessoas também estão detidas, incluindo um filho, uma filha e uma ex-namorada de Lourival, indicadas por extorsão mediante sequestro seguida de morte.
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