CRIME NA FRONTEIRA

Caso Bruno e Dom: PF aponta traficante ‘Colômbia’ como mandante

O traficante internacional está preso desde dezembro por descumprir ordem judicial.

Caso Bruno e Dom: PF aponta traficante 'Colômbia' como mandante
(crédito: Andressa Anholete/ Getty Images)

Pouco mais que sete meses após os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, na região do Vale do Javari, na Amazônia, a Polícia Federal concluiu as investigações apontando o traficante Rubens Villar Coelho, o Colômbia, como mandante do crime.

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O inquérito foi apresentado na tarde desta segunda-feira (23), durante entrevista coletiva realizada na superintendência da PF em Manaus. Segundo reportagem do Estadão, o estrangeiro é bastante conhecido na região da tríplice fronteira do Brasil com Colômbia e Peru. Apesar de estar no radar da polícia há anos, policiais da região relataram que só viram a primeira fotografia dele dias após os assassinatos.

Na região, Colômbia é apontado como operador de um esquema de extração ilegal e venda de peixes. Há suspeitas e fortes indícios do vínculo dele com o tráfico internacional de drogas operado na Amazônia.

Colômbia exerceria influência sobre comunidades ribeirinhas que são cooptadas para a extração ilegal dentro da terra indígena do Javari. Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, e Jefferson Lima da Silva, o Pelado da Dinha, seriam fornecedores de Colômbia. Ambos foram presos pelos assassinatos de Bruno e Dom.

“Temos provas que ele [Colômbia] fornecia munições para o Jefferson e para o Amarildo, as mesmas encontradas no caso. Ele pagou o advogado inicial de defesa do Amarildo”, disse o delegado Alexandre Fontes. A conclusão sobre o envolvimento de Colômbia, surge após a PF ter inicialmente descartado a possibilidade de um assassinato sob encomenda.

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Além de Amarildo e Jefferson, o Ministério Público Federal também denunciou Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Dantos”. Os três respondem por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Colômbia foi preso em julho por apresentar documento falso à PF ao se apresentar para depoimento e negar relação com as mortes de Bruno e Dom. Ele foi para prisão domiciliar em outubro, após fiança de R$ 15 mil, mas voltou para a prisão por descumprir condicionantes em dezembro.

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