O advogado que acompanhou o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso de importunação de uma baleia-jubarte, Daniel Tesser, afirmou que “o presidente tomou todas as precauções” ante o animal. Bolsonaro depôs em São Sebastião, litoral de São Paulo.
“Você não consegue controlar um animal daquele tamanho que surge e emerge da água”, justificou. Tesser também disse que o ex-presidente não tinha conhecimento da lei que proíbe a pesca e “molestamento intencional” de animais deste tipo.
Fábio Wajngarten, advogado e assessor de Bolsonaro, também prestou depoimento. Ao sair da sede da Polícia Federal, em São Paulo, alegou que a necessidade de depor foi “vergonhosa”, visto que ele “nem estava perto do animal”.
🚨BOLSONARO DEPÕE NO CASO DA JUBARTE.
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) disse que o depoimento à Polícia Federal (PF) deixou “claramente constatado” que o ex-presidente não importunou uma baleia enquanto passeava de jet ski no litoral São Paulo e que o inquérito “nem deveria ter… pic.twitter.com/DUwkGuDQbg— @Jopelim (@PrJosiasPereir3) February 27, 2024
O caso
Após um vídeo publicado nas redes sociais, mostrando um jet-ski chega a cerca de 15 metros da baleia-jubarte, a PF, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), abriu um inquérito, com a suspeita de que o piloto do veículo era o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O crime de importunação pode resultar em cinco anos de prisão, além de multa. Daniel Tesse declarou que Bolsonaro assistiu ao vídeo e “se reconheceu. Falou que era ele sim”.
“Perseguição política”
Apoiadores de Jair Bolsonaro veem o caso como uma “piada” e um dos maiores exemplos de “perseguição política” contra o ex-presidente, pois é difícil constatar se houve alguma intenção de cometer o crime ambiental.
À CNN, agentes da PF disseram acreditar que há embasamento para uma condenação de Bolsonaro e que o caso apresenta uma “robustez”, justamente pelo vídeo do ato publicado.