tensão em Brasília

Descumprir decisões do Supremo não é afronta, diz Bolsonaro

Declaração foi dada durante um evento com empresários no Rio de Janeiro.

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O presidente da República, Jair Bolsonaro (Crédito: Andressa Anholete / Getty Images)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer nesta quarta-feira (8) que pode descumprir decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, o descumprimento não caracteriza ”uma afronta” ao Judiciário. A declaração foi dada durante um evento com empresários no Rio de Janeiro.

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Bolsonaro criticou mais uma vez a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR), acusado de divulgar fake news sobre as eleições de 2018. Ontem, a Segunda Turma do STF derrubou uma liminar de Kassio Nunes Marques que anulava a perda do mandato de Francischini.

O presidente também repetiu as críticas que fez ao presidente do TSE, Edson Fachin, por ele ter se reunido com embaixadores para discutir a segurança das eleições.

“Decisão do Supremo se cumpre, não se questiona? Eu sou o capitão. O que eu faço? Não vou cumprir. Isso não é afronta. Nunca vi o Alexandre de Moraes comprar pão. Vivem perseguindo, prendendo deputado federal. Cassando mandato de deputado. O atual presidente do TSE foi o que tirou o Lula na cadeia. Fachin se reuniu com embaixadores. O que ele fez? Me acusou. Pediu pra reconhecer o resultado. Só faltou dizer algo, que o eleito será Lula. Todos queremos eleições limpas e transparentes”, disse Bolsonaro.

O presidente ainda rebateu as acusações sobre casos de corrupção no governo. Bolsonaro disse estar dando exemplo para a população. “Temos um governo de 3 anos e meio sem corrupção. Se houver, eu vou investigar. Pode acontecer”, disse.

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E falou sobre gastos com o cartão corporativo da Presidência. “Gastou R$ 3 milhões no cartão corporativo’, gastei mesmo. Tenho gasto com seguranças. Poderia ter pedido aposentadoria na Câmara, não pedi para dar exemplo. Estou fazendo de tudo para ir para um bom lugar. O que devemos deixar para o Brasil? Um país melhor. Ontem me mandaram pagar R$ 100 mil reais à imprensa por ataque à imprensa. Então eles devem pagar R$ 1 milhão.”

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