![Máxima](https://brasil.perfil.com/wp-content/uploads/2024/05/Abre-PERFIL-BRASIL-12-10.jpg)
Uma série de reportagens do Jornal Midiamax denunciou a entrada de celulares no Presídio Jair Ferreira de Carvalho, conhecido como Máxima, e fotos mostrando a rotina de um detento que está encarcerado desde 2021 passaram a circular. O ‘detento influencer’, que posta a rotina de dentro do presídio, mostra que o 5G do presídio funciona, e muito bem.
Com conta mantida na rede social Facebook, o presidiário posta fotos no pátio da Máxima, dentro da cela, junto de outros encarcerados. Em janeiro deste ano, o detento fez uma postagem parabenizando a filha pelo aniversário pedindo desculpas por estar longe por um tempo. As fotos publicadas em seus stories teriam sido postadas na semana passada e uma outra onde aparece com um colega de cela na noite desta segunda-feira (20), segundo informações obtidas pelo Midiamax.
O detento influencer deu entrada no presídio em fevereiro de 2021. Ele tem passagens por associação criminosa, ameaça e evasão de custódia, e foi preso por tráfico de drogas.
Sem bloqueadores de sinal e sem combate efetivo da corrupção entre a cúpula de servidores, as cadeias de Mato Grosso do Sul se tornaram verdadeiros escritórios conectados com o mundo para detentos que comandam organizações criminosas a partir das celas da Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária).
O Midiamax entrou em contato com a Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária) para saber sobre o detento influencer, e após a publicação da matéria, e nota a Agepen disse:
“A Gerência de Inteligência da Agepen já havia identificado e realizado o processo de investigação necessário, bem como medidas administrativas vem sendo tomadas.”
Sem bloqueadores e celulares na Máxima
Esquema supostamente organizado em parceria entre presos faccionados e servidores da administração penitenciária corrompidos teriam transformado as ‘telecomunicações ilegais’ em negócio milionário nas cadeias da Agepen.
Para funcionar, o esquema aproveitaria brechas intencionalmente mantidas. Dessa forma, o acesso de empresas terceirizadas, a ‘vista grossa’ para o arremesso de pacotes para dentro dos presídios, a entrada de visitas e até mesmo de servidores que burlam revistas seriam os meios de colocar aparelhos celulares nas penitenciárias de Mato Grosso do Sul.
Portanto, não importa o tamanho da prisão, todas estariam comprometidas, mostram as inúmeras ocorrências policiais que apontam como mentores intelectuais detentos sob responsabilidade da Agepen. Isso sem falar dos constantes flagrantes de celulares e até explosivos ‘guardados’ pelos bandidos na segurança das cadeias.
*Leia a reportagem completa em Midiamax