Estado de São Paulo pode enfrentar 150 dias de calor extremo – Veja as previsões alarmantes!

São Paulo pode enfrentar até 150 dias de calor extremo devido à crise climática, segundo pesquisas. Onda de calor histórica atinge Brasil e quebra recordes de temperatura.

Estado de São Paulo pode enfrentar 150 dias de calor extremo - Veja as previsões alarmantes!
Estado de São Paulo pode enfrentar 150 dias de calor extremo – Veja as previsões alarmantes! – Crédito: ROBERTO CASIMIRO/Estadão Conteúdo

A crise climática está mais presente do que nunca, e as projeções para o futuro são alarmantes, especialmente para o Estado de São Paulo. De acordo com uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), vinculada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), no cenário mais pessimista, certas regiões podem enfrentar até 150 dias de calor extremo.

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Entre os anos de 2017 e 2021, foram coletados dados que, posteriormente em 2022, revelaram um futuro preocupante para o estado. As informações, inicialmente restritas à comunidade científica, foram recentemente trazidas à tona pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC). Esse levantamento ganha relevância devido aos eventos climáticos extremos observados nos últimos meses.

Quais são as projeções climáticas para o Estado de São Paulo?

Mas, afinal, o que dizem as projeções climáticas para o Estado de São Paulo? De acordo com o estudo “Projeções climáticas regionalizadas para o Estado de São Paulo, Brasil, no período 2020 – 2050”, os pesquisadores analisaram dados de 1961 a 1990 e fizeram projeções até 2050 utilizando modelos climáticos.

Os dados apresentam cenários otimistas e pessimistas, mas em ambas as previsões, os níveis de CO² e as temperaturas estão em ascensão. No pior cenário, a temperatura máxima anual poderá subir até 6 ºC em algumas regiões centrais de São Paulo. Nas áreas litorâneas, essa elevação pode variar entre 3 a 4 ºC.

Como o calor extremo pode durar 150 dias?

O estudo destaca que os períodos de pico de calor no Estado de São Paulo podem alcançar durações extremas no cenário mais pessimista. Esses períodos podem ultrapassar 150 dias no norte do estado, enquanto no sul e nas áreas litorâneas, o aumento seria de 25 dias.

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Essa situação é preocupante, pois indica um aumento significativo no indicador de ondas de calor, representando um grande desafio para a população local. As variações climáticas extremas exigem medidas de adaptação e preparação da sociedade.

Quais as implicações das projeções climáticas?

Especialistas apontam que essas projeções têm diversas implicações. Segundo Marcelo Seluchi, doutor em meteorologia e coordenador-geral de operações e modelagem no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), é necessário olhar com cautela para os números apresentados. Embora as previsões apontem para um futuro preocupante, a precisão dos modelos é limitada quanto ao tempo exato e quantificação das temperaturas.

Seluchi ressalta que, se as temperaturas permanecerem elevadas por 150 dias, teríamos que tratar isso como um ‘novo normal’, ao invés de ondas de calor ocasionais. Este cenário exige uma ampla adaptação da sociedade a um ambiente mais hostil.

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Como a sociedade deve reagir aos dados de calor extremo?

A divulgação dessas informações é uma chamada para ação. A presidente da APqC, Helena Dutra Lutgens, enfatiza a importância de compartilhar esses dados com a sociedade para promover mudanças necessárias. Não é apenas uma questão de adaptação, mas também de mitigação das emissões de CO² e outros gases do efeito estufa.

Portanto, a sociedade precisa estar ciente dessas projeções e se preparar para enfrentar os desafios de um clima cada vez mais agressivo. A conscientização e cobrança de políticas ambientais eficientes são passos cruciais para lidar com este problema crescente.

Como enfrentar os desafios climáticos em São Paulo?

Para enfrentar esses desafios, várias medidas são essenciais:

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  • Políticas Públicas: As autoridades devem implementar políticas que promovam a redução das emissões de CO² e adotem medidas de adaptação às mudanças climáticas.
  • Educação Ambiental: A população precisa ser educada sobre a crise climática e como contribuir para a mitigação dos impactos.
  • Infraestrutura: Investir em infraestrutura resiliente para suportar os eventos climáticos extremos, como sistemas de resfriamento urbano.
  • Inovação Tecnológica: Desenvolver tecnologias que ajudem a reduzir a pegada de carbono e aumentem a eficiência energética.

A crise climática é uma realidade inevitável, e as projeções para o Estado de São Paulo são um alerta. A sociedade tem que se adaptar e implementar medidas para mitigar os impactos. Apenas com ações coordenadas e conscientes poderemos enfrentar este futuro desafiador.

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