NEGLIGÊNCIA?

Mãe acusa médico de receitar remédio contraindicado a bebê que morreu com dengue

A família de Ravi acusa os médicos que atenderam a criança na Santa Casa da cidade de prescrever um medicamento à base de corticoide, o que, segundo especialistas, pode aumentar o risco de hemorragia

A família do bebê acusa os médicos que o atenderam de negligência, alegando que prescreveram um medicamento à base de corticoide
Mãe acusa médico de receitar remédio contraindicado a bebê que morreu com dengue – Crédito: Reprodução / EPTV

A dona de casa Tatiane Andrade dos Santos expressou sua profunda dor pela perda do filho, Ravi Andrade Zaparoli, de apenas 7 meses, que faleceu em decorrência da dengue na cidade de Pitangueiras (SP). A família do bebê acusa os médicos que o atenderam de negligência, alegando que prescreveram um medicamento à base de corticoide, o que, segundo especialistas, pode aumentar o risco de hemorragia e agravar a situação de pacientes com dengue.

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“Por que não deram soro para ele? Por que não o hidrataram?” questiona Tatiane, em entrevista ao G1. “A médica viu que o sangue dele apresentou alterações, por que não o deixaram em observação ou administraram soro para hidratá-lo? Em casa é diferente. Eu dei água, suco, os remédios que o médico pediu. Fiz tudo o que pude”.

No dia 22 de maio, Ravi foi levado à Santa Casa com suspeita de dengue, apresentando sintomas de febre e manchas pelo corpo. Dois dias após o primeiro atendimento, um exame confirmou o diagnóstico da doença. Em 26 de maio, o bebê foi internado e estava previsto para ser transferido ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), mas faleceu antes da transferência.

“É difícil olhar para dentro de casa e não ver ele aqui na sala. Meu coração foi com ele, minha vida eu não tenho mais, ele a levou. Ele não tinha defesa nenhuma, eu sinto dor, choro. Só queria ele aqui comigo”, desabafa a mãe em meio à sua dor.

Homenagem ao bebê Ravi

Amigos da família realizaram uma caminhada pela cidade com faixas e cartazes, o grupo saiu da Igreja Matriz e percorreu quarteirões, passando pela Santa Casa e finalizando no Cemitério Municipal. O pai de Ravi, o supervisor Paulo César dos Santos, também expressou sua tristeza com a forma como o filho foi tratado. “Minha maior indignação é que era evidente que o quadro dele se agravava desde o primeiro dia em que ele foi ao hospital. O sofrimento dele foi dia após dia, e a tendência era só piorar”.

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A família busca justiça e espera que o caso seja investigado para que os responsáveis sejam responsabilizados.

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

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