A Polícia Civil investiga o caso de uma médica de 39 anos suspeita de invadir o apartamento do ex-companheiro e atirar três vezes contra ele na frente do filho do ex-casal; o menino tem oito anos. O homem, também com 39 anos, foi hospitalizado e está fora de perigo.
O crime ocorreu no domingo (11), Dia dos Pais, na cidade de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. O nome da médica não foi divulgado pela polícia ou pela defesa. Ela foi presa em flagrante. Depois, teve a prisão convertida em preventiva. Veja o vídeo quando ela entrou no apartamento:
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Médica se escondeu
A tentativa de homicídio ocorreu dentro do apartamento que o homem havia alugado para passar o Dia dos Pais com o filho do ex-casal.
O ex-marido, que afirmou ser policial militar licenciado no Mato Grosso do Sul, disse em depoimento que a mulher estava escondida em um armário antes de fazer os disparos
“O que se sabe é que ela invadiu e entrou no imóvel antes do ex entrar. O filho é de ambos. Estava no andar de baixo, mas subiu após ouvir os disparos e presenciou parte do crime”, esclareceu o delegado Caleu Henrique Gomes de Mello.
O homem foi atingido por três tiros, entretanto testemunhas afirmaram terem ouvido ao menos cinco disparos efetuados.
Ainda conforme o delegado, a médica se recusava a permitir o contato entre pai e filho e teria descumprido decisões judiciais que permitiam a visitação do homem.
Arma da suspeita
De acordo com o delegado, a pistola usada para os disparos era da suspeita, que possui certificado de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), era legalizada. A arma foi apreendida. Ela alega que agiu em legítima defesa, conforme seu advogado, Daniel de Mello Massimino.
A defesa
“A versão apresentada pela suposta autora dos disparos, minha cliente, é a de que ela se dirigiu ao local em que se deu a ocorrência por conta da preocupação com relação à saúde de seu filho, que estava naquele momento com o pai. Essa preocupação se deveu ao fato de que ela não conseguiu contato telefônico com o mesmo”, detalhou Massimino.
O advogado de defesa acrescentou que “ele [o ex-marido] estava tentando contra a vida dela na visão do momento que ela teve. Ela se utilizou da arma para repelir essa agressão que ela estava sofrendo. E esse foi o desfecho da situação. Então a posição dela, a versão dela dos fatos, é a de que ela agiu em legítima defesa dentro do apartamento. Não se nega que tenha havido ali de fato os tiros, até porque eles são evidentes”.