A Polícia Civil de Minas Gerais revelou detalhes sobre o sequestro de uma bebê recém-nascida em Uberlândia (MG). A médica neurologista Claudia Soares Alves, de 42 anos, que já tinha sido avaliada e considerada apta para o Cadastro Nacional de Adoção, é a principal suspeita. Além das acusações de falsidade ideológica e tráfico de pessoas, Claudia está atualmente em prisão preventiva.
De acordo com a nota da Polícia Civil, “evidências apontaram que a investigada havia conquistado o direito de habitação em Cadastro Nacional de Adoção, cujo processo judicial indicou aptidão psicológica favorável a ela, inclusive se baseando em documentação fornecida por ela durante o feito.”
Claudia Soares Alves, segundo a polícia, “já havia premeditado o crime nos meses anteriores à subtração da criança”. Durante o período de preparação, ela divulgou falsamente para amigos e familiares que estava grávida, comprou um enxoval para bebês e procurou crianças em outros estados que poderiam ser ilegalmente adotadas por ela. A estratégia incluía fraudes e o aliciamento de pessoas vulneráveis para a entrega de recém-nascidos.
O sequestro ocorreu na noite de 23 de julho, quando Claudia teria se passado por uma pediatra para ter acesso ao quarto da família da vítima em uma maternidade de Uberlândia. Em um ato rápido e planejado, a médica raptou uma bebê.
Resposta da defesa da médica
Em nota, a defesa da médica afirmou que o processo segue em segredo de Justiça. Eles acreditam que, apesar do indiciamento e da eventual denúncia, a situação será resolvida no incidente de insanidade que já está em tramitação. A defesa destaca a esperança em um desfecho favorável a Claudia, considerando a saúde mental como um fator determinante.
Claudia e a bebê foram encontradas em Itumbiara (GO), a cerca de 135 quilômetros de Uberlândia, no dia seguinte ao sequestro. A criança não sofreu ferimentos e foi rapidamente devolvida à família, recebendo alta junto com a mãe no dia 26 de julho.
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