DENÚNCIA DE CRIME

Mulheres filmadas nuas sem consentimento em clínica são expostas nas redes sociais

A proprietária do estabelecimento, denunciada por gravar as clientes sem roupas, negou o crime; ela ainda afirmou que seu celular foi hackeado e que é vítima de extorsão

Mulheres filmadas nuas sem consentimento em clínica são expostas nas redes sociais
Clientes da clínica denunciam ter sido gravadas nuas ou seminuas sem autorização – Crédito: Reprodução

Mulheres clientes de uma clínica de estética denunciaram ter sido filmadas nuas ou seminuas, sem autorização, pela dona do estabelecimento, no bairro Messejana, em Fortaleza. As vítimas tiveram as imagens gravadas indevidamente expostas nas redes sociais e denunciaram o caso.

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A proprietária da clínica, Val Silveira, disse, em depoimento, que foi alvo de uma quadrilha que instalou aplicativos que permitiam controlar o celular dela. Conforme a empresária, os criminosos fizeram as filmagens das clientes nuas sem que ela soubesse.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Ceará afirmou que investiga a denúncia de crime contra a dignidade sexual, praticado em ambiente virtual, conforme relatam as clientes que tiveram imagens íntimas vazadas. A Delegacia de Defraudações e Falsificações destacou que a dona da clínica também registrou um boletim de ocorrência em que afirma que teve seu perfil invadido.

Segundo uma vítima que preferiu não se identificar, ela frequentava a clínica há cerca de dois meses para fazer serviços de drenagem após ter passado por uma cirurgia no abdômen.
“Ela sempre filmava a gente sem a gente perceber. Ela ficava em um canto sentada, numa mesinha que ela tinha, enquanto a gente botava a cinta ou alguma coisa do tipo, porque como era um procedimento muito invasivo, que também pegava as partes íntimas, querendo ou não a gente tinha que ficar sem roupa, mas em nenhum momento a gente esperava que tava [sic] sendo filmada”, desabafa.
Em conversa com a reportagem, Val Silveira, afirmou que era extorquida por um homem com quem se relacionava online e pelos comparsas dele. A versão é diferente do que ela relatou aos policiais. No BO, ela afirma que a quadrilha teria instalado aplicativos que davam acesso a todo o sistema do seu celular, e que nunca fazia vídeos das clientes por conta própria, apenas fotos.

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