maiores restrições

Novos registros de armas para defesa pessoal atingem o menor número desde 2004

Segundo dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), foram 20.822 novos cadastros, quase 82% a menos do que o total registrado em 2022 (114.044)

Novos registros de armas para defesa pessoal atingem o menor número desde 2004.
Novos registros de armas de fogo para defesa pessoal chegaram ao menor número desde 2004 – Crédito: Scott Olson/Getty Images

Em 2023, os novos registros de armas de fogo para defesa pessoal chegaram ao menor número desde 2004. Segundo dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), foram 20.822 novos cadastros, quase 82% a menos do que o total registrado em 2022 (114.044). O levantamento foi realizado pelo portal G1.

Publicidade

Para a Polícia Federal (PF), a redução é resultado de regras com maiores restrições para a compra de armas pela população civil, implementadas no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por meio de um decreto, o presidente reduziu o número de armas e munições que podem ser acessadas por civis para a defesa pessoal, além de voltar a tornar obrigatória a comprovação da efetiva necessidade para a aquisição.

Até então, civis podiam comprar, por exemplo, até quatro armas de uso permitido para a defesa pessoal, sem a necessidade de comprovação da efetiva necessidade. Agora, foi estabelecido que poderiam ser compradas até duas armas de uso permitido para defesa pessoal, comprovando-se a efetiva necessidade.

Segundo a PF, 75% dos novos pedidos de porte de arma foram negados. Cerca de 1 milhão de armas estão nas mãos de cidadãos comuns. Em entrevista ao G1, o chefe da divisão nacional de controle de armas da PF, delegado Humberto Brandão, disse que, com as mudanças sobre o registro de armas de fogo, o processo passou a ser mais rigoroso.

Não basta uma alegação abstrata de que a pessoa tem necessidade. Ela precisa demonstrar, no caso concreto, que efetivamente as circunstâncias reais denotam que ela precisa daquela arma, de ter uma arma para a sua segurança pessoal. Isso torna muito difícil de se demonstrar e por conseguinte de se conseguir ter acesso à arma — seja na condição de posse ou de porte de arma”, afirmou.

Publicidade

*Texto sob supervisão de Cleber Stevani.

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.