ENCHENTES

Número de mortes em tragédia climática no Rio Grande do Sul sobe para 171

No total, mais de 2,3 milhões de pessoas em 475 municípios foram afetadas cerca de 618 mil estão desalojadas, com 37.812 em abrigos temporários

Número de mortes em tragédia climática no Rio Grande do Sul sobe para 171
Número de mortes em tragédia climática no Rio Grande do Sul sobe para 171 – Créditos: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

O número de mortos devido às fortes chuvas, enchentes e enxurradas no Rio Grande do Sul desde o fim de abril subiu para 171, segundo a Defesa Civil gaúcha neste sábado (1º). O número de desaparecidos caiu para 43, enquanto o de feridos permanece em 806. Cerca de 618 mil pessoas estão desalojadas, com 37.812 em abrigos temporários. No total, mais de 2,3 milhões de pessoas em 475 municípios foram afetadas.

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As chuvas começaram em 27 de abril e causaram enxurradas e inundações, com mortes e destruição ao longo dos rios Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí, culminando no transbordamento do Rio Guaíba, que inundou diversos bairros de Porto Alegre. A água avançou para a Lagoa dos Patos, provocando alagamentos em cidades como Rio Grande e Pelotas.

A infraestrutura estadual sofreu severos danos, com deslizamentos e pontes destruídas, deixando milhares de famílias isoladas e resultando em mais de 77 mil resgates. A rodoviária e o aeroporto de Porto Alegre foram alagados e pararam de operar.

Guaíba marcou abaixo da cota de inundação

Neste sábado (1º), o nível do Rio Guaíba em Porto Alegre caiu abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês, atingindo 3,58 metros às 5h, dois centímetros abaixo do patamar de transbordamento de 3,6 metros.

O nível do rio é monitorado em tempo real com lasers na régua instalada na Usina do Gasômetro, e os dados são divulgados pela Agência Nacional de Águas (ANA) em parceria com a Rede Hidrometeorológica Nacional e o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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O Guaíba não estava abaixo da cota de inundação desde 2 de maio, quando alcançou 3,67 metros. Com a queda no nível, muitos moradores retornam a suas casas e comércios após mais de 25 dias em bairros como Humaitá e Vila Farrapos.

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