moradia digna

Arquiteta social reforma casas com menos de 10m²: conheça Ester Carro

Profissional falou sobre sua trajetória profissional e reformas que já realizou na periferia de São Paulo

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Arquiteta social Ester Carro explica o conceito de moradia digna – Créditos: Reprodução/Adriana Barbosa/CASACOR

Ester Carro sempre sonhou em ser arquiteta. Mais especificamente, em transformar a realidade de pessoas que vivem em favelas e, nas palavras dela, devolver para a sua comunidade.

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Em uma entrevista à Perfil Brasil, a profissional explicou que sua vontade de revitalizar o mundo parte de um lugar pessoal. “Eu senti na pele a ausência de profissionais da arquitetura, de equipamentos públicos, culturais, áreas verdes. Quando chovia, alagava a minha casa. Então eu senti na pele todos esses problemas, e, quando você vive isso, você de alguma forma quer tentar propor mudanças”.

Ester co-fundou o Instituto Fazendinhando quando se formou na faculdade de arquitetura. Além de realizar projetos sociais, a organização recebe doações para realizar reformas no bairro do Jardim Colombo em São Paulo. “A base é a transformação socia, territorial, física de um espaço”, explica.

Arquiteta defende a moradia digna

Um dos princípios que mobiliza a arquiteta é o da moradia digna – ou seja, espaços com uma estrutura básica. A arquiteta explica que elementos como cama, cozinha, banheiro, espaço para lavar roupa, iluminação e ventilação são indispensáveis. “Fazem parte das funções básicas de uma casa, independente do seu tamanho”.

Um exemplo disso é a casa do Wallece, de 7,3m², que atualmente faz parte da CASACOR de 2024. A obra, que pode ser visitada no Jardim Colombo, marca o primeiro projeto da mostra de arquitetura que é externo ao Conjunto Nacional. “Isso causa uma certa estranheza, mas, quando a gente fala de impacto social, é extraordinário. Estamos continuando a dar visibilidade para este tema”.

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Entretanto, Ester alerta: não devemos romantizar a moradia em casas com essas dimensões. “Muito pelo contrário”, diz ela. “O que eu quero com esses projeto é mostrar a urgência e a necessidade de políticas públicas na habitação e de profissionais dentro das favelas”, enfatiza.

Confira a entrevista completa.

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