O Brasil está enfrentando uma intensa onda de calor que tem assolado várias regiões do país. As temperaturas máximas têm chegado e até ultrapassado os 40ºC, principalmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e parte do Sudeste. Até mesmo o Sul do país não está imune ao calor extremo, com algumas áreas registrando temperaturas bastante elevadas.
Ontem, as temperaturas na Região Norte atingiram picos elevados, como 38,2ºC em Tarauacá (AC) e 39,7ºC em Cacoal (RO). No Centro-Oeste, Cuiabá (MT) registrou 41,8ºC, continuando assim uma sequência de dias quentes. Esse aumento expressivo nas temperaturas está gerando preocupações em diversas frentes, desde a saúde pública até a agricultura e o meio ambiente.
Como a Região Centro-Oeste está lidando com o calor extremo?
A Região Centro-Oeste está enfrentando o pior do calor. Nesta segunda-feira, as temperaturas em Cuiabá (MT) chegaram a 41,8ºC. Esta foi a quinta vez consecutiva que as máximas ultrapassaram os 40ºC. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, há registros de temperaturas ainda mais elevadas nos próximos dias.
Em Corumbá (MS) e Aragarças (GO), as máximas atingiram 39,7ºC e 38,1ºC, respectivamente. Grande parte das cidades do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul está vendo temperaturas entre 37ºC e 40ºC diariamente. Esta situação levanta uma série de questões sobre como lidar com as condições extremas de calor.
O que é uma Bolha de Calor?
Especialistas em meteorologia explicam que estamos passando por uma “bolha de calor”. Mas o que significa esse termo? Uma bolha de calor ou uma cúpula de calor ocorre quando áreas de alta pressão atuam como cúpulas, mantendo o ar quente por baixo delas. Isso comprime e aquece o ar ainda mais, criando uma espécie de “tampa” que impede a dissipação do calor.
Este fenômeno pode durar dias ou até semanas, resultando em temperaturas extremamente altas. A alta pressão desvia sistemas meteorológicos como frentes frias, mantendo o céu claro e aquecendo ainda mais o solo. Estudos sugerem que as mudanças climáticas estão tornando esse tipo de evento mais frequente e intenso.
Como está a situação no sudeste?
No Sudeste, o interior de São Paulo e o estado do Rio de Janeiro estão sofrendo com temperaturas igualmente elevadas. Valparaíso (SP) registrou 37,5ºC, enquanto a capital paulista chegou a 32,7ºC, uma das maiores temperaturas para o mês de agosto desde 1943. No Rio de Janeiro, os termômetros marcaram entre 33ºC e 35ºC.
Os próximos dias prometem continuar quentes. Até sexta-feira, as temperaturas devem permanecer elevadas no estado de São Paulo, especialmente no Oeste, Noroeste e Norte. Finalmente, uma frente fria deve trazer algum alívio no final da semana, mas até lá, os residentes devem se preparar para mais dias de calor intenso.
Como o calor extremo está afetando a qualidade do ar?
Além das altas temperaturas, a qualidade do ar está tendo uma deterioração significativa. Com muitos dias secos e quentes, a poluição aumentou em grandes centros urbanos. A região metropolitana de São Paulo, por exemplo, foi classificada como tendo qualidade do ar ruim, de acordo com a Cetesb.
Este clima seco também facilita a ocorrência de queimadas, tanto em áreas urbanas quanto rurais. O risco de fogo é alto a extremo em grande parte do Sudeste, Centro-Oeste e parte da Região Norte. Portanto, a situação não é apenas desconfortável, mas também perigosa.
Como se proteger durante o calor extremo?
Enquanto esperamos por condições mais amenas, é essencial que a população se mantenha informada e tome precauções para lidar com o calor intenso. Fique hidratado, evite exposição prolongada ao sol e siga as recomendações dos meteorologistas.
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