ADAPTAÇÕES

Pais fazem tatuagem para se comunicar com filho autista não verbal

Felipe tem 7 anos e é autista nível 3; O método implementado pelo casal ajuda o menino a soletrar seus desejos e necessidades

Felipe tem 7 anos e é autista nível 3; O método implementado pelo casal ajuda o menino a soletrar seus desejos e necessidades.
Casal de Bragança Paulista tatuou alfabeto no braço para facilitar a comunicação com o filho – Créditos: Reprodução/ Instagram

Annie Coutinho e Rafael Borges, de Bragança Paulista, interior de São Paulo, encontraram uma maneira inovadora de se comunicarem com seu filho Felipe, de 7 anos, que é autista não verbal. O casal decidiu tatuar alfabetos em seus braços para possibilitar essa comunicação de forma mais eficaz.

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A ideia viralizou nas redes sociais, onde vídeos do método adotado pelo casal mostram o menino soletrando palavras para expressar seus desejos e necessidades. A história atraiu mais de 20 mil seguidores para a mãe e trouxe atenção para as dificuldades enfrentadas por famílias de autistas não verbais.

 

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Como funciona o método de comunicação com um autista não verbal?

Felipe é autista nível 3, não falante e com apraxia da fala. Há aproximadamente quatro anos, a família investe na Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), utilizando um tablet para facilitar essa interação. No entanto, sentiram a necessidade de algo mais prático e acessível, e foi aí que decidiram complementar com a soletração.

Em uma postagem com mais de 90 mil curtidas, a mãe contou que no início do processo de alfabetização, Annie e Rafael apresentaram a escrita como forma de comunicação para Felipe, utilizando técnicas como o Método de Estímulo Rápido (Rapid Prompting Method – RPM) e o Soletrar para Comunicar (Spell to Communicate – S2C). Esses métodos têm mostrado resultados promissores em outros casos de adultos autistas de nível 3.

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A escolha por tatuar os alfabetos nos braços não foi ao acaso. Annie explicou que o processo de aprendizado de Felipe muitas vezes envolvia o uso de uma prancha de letras em papel. Mas, para tornar essa ferramenta sempre acessível e prática durante o aprendizado, decidiram ir um passo além e tatuar essas letras.

“Esse processo é feito com uma prancha de letras no papel, então foi opção nossa tatuar a prancha nos nossos braços pra que ela esteja rapidamente acessível o tempo todo durante o aprendizado dele a escrever. A tatuagem é apenas mais uma forma de aprendizado para a escrita livre no futuro”, compartilhou a mãe.

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