A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar uma denuncia na qual Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte, teria recebido doações não registradas de empresários ligados ao setor de transporte público de Belo Horizonte.
Atualmente, Kalil é candidato ao governo de Minas Gerais. A documentação que deu base às investigações aponta que parte desses valores recebidos teriam sido aplicados na pré-campanha de Alexandre Kalil para o cargo que irá concorrer. Além disso, esse dinheiro também teria sido utilizado na pré-campanha de Adalclever Lopes, ex-secretário municipal de governo de Kalil, para o cargo de deputado estadual, ambas relacionadas ao pleito de 2022.
A denúncia instaurada também indica que parte do valor foi utilizado para campanha em que Kalil se reelegeu prefeito de Belo Horizonte, em 2020. Os documentos apontam que a prefeitura de BH tem favorecido empresas do setor, com benefícios econômicos. Dentre esses benefícios, o adiantamento de R$ 218 milhões às empresas de ônibus, “a fim de melhorar o fluxo de caixa das prestadoras dos serviços de transporte coletivo por conta da escassez de recursos em decorrência da pandemia”, segundo o documento de maio de 2020.
O adiantamento em questão foi tema de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) municipal, que apontou, em novembro de 2021, o indiciamento de Kalil por peculato, prevaricação e condescendência criminosa. O relatório final da comissão é investigado sob sigilo pelo Ministério Público.
🚨 Polícia Federal instaura inquérito para investigar as relações entre o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e empresários do setor de ônibus em Minas Gerais.
— Conexão Política (@conexaopolitica) June 15, 2022