Crime

Pró-Vítima acolhe crianças e adolescentes que passaram por abuso sexual

Medida será debatida durante o III Fórum de Ações Afirmativas de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e de Adolescentes;

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Pró-Vítima acolhe famílias de crianças e adolescentes que sofreram abuso – Créditos: Canva

O Instituto Brasileiro de Atenção e Proteção Integral a Vítimas (Pró-Vítima) vai expandir o acolhimento a famílias de crianças e de adolescentes que sofreram abuso sexual. A medida será encabeçada por uma equipe multidisciplinar que atuará tanto na investigação dos casos quanto no atendimento em saúde mental das vítimas.

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A aplicação da iniciativa foi debatida durante o III Fórum de Ações Afirmativas de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e de Adolescentes, que aconteceu nesta sexta-feira (10/5), das 14h às 18h, na Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100 – Bela Vista). O evento foi organizado por movimentos sociais de proteção à pessoa com múltiplas deficiências, incluindo o Pró-Vítima, o Coletivo “O Direito Achado na Rua” e o Instituto “Ana Luísa”.

Presidente do Pró-Vítima, Celeste Leite dos Santos foi a mediadora do Fórum. Segundo a promotora de Justiça, a ideia do encontro é discutir sobre os meios de investigação do abuso sexual de crianças e de adolescentes e medidas que possam ampliar o acolhimento a essas vítimas, incluindo o atendimento psicológico:

“Nesta esteira, o Pró-Vítima será uma porta de acolhimento às famílias de crianças e de jovens que passam por abuso sexual e que estão sendo identificadas por meio de um trabalho multidisciplinar, que envolve o poder público e entidades sociais. Este tipo de violência pode acontecer de muitas formas, mas é fato que o abusador se aproveita da relação de confiança que tem com a vítima. Por isso, dar luz a este assunto e ampliar o atendimento, melhorando também a investigação, é crucial”, pondera Celeste.

Durante o III Fórum de Ações Afirmativas de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e de Adolescentes, a psicóloga e cineasta Vanessa Rodrigues falou sobre a importância de aproximar a população de órgãos sociais, para que vítimas saibam onde procurar por ajuda, sobretudo quanto à acompanhamento psicológico:

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“Tendo conhecimento mínimo sobre saúde mental, é possível compreender melhor sinais e sintomas que angustiam; aprender estratégias de enfrentamento, e identificar recursos e locais para se obter apoio. Além disso, a conscientização estimula a empatia e a criação de outros ambientes inclusivos e solidários para acolher vítimas de crimes sexuais”, reforça a promotora de Justiça.

Polícia Federal

O encontro também contou com a participação da presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado de São Paulo (SINPF/SP), Susanna do Val Moore, e de representantes de organizações sociais voltadas à Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude. Psicólogos, conselheiros tutelares, assistentes sociais e operadores do Direito estarão igualmente presentes para contribuir com experiências práticas e conhecimentos.

Dados sobre abuso

Segundo o relatório de setembro de 2023 da Childhood Brasil, a cada hora, quatro crianças são abusadas sexualmente no país. Mais da metade das vítimas tem entre 1 e 5 anos. A violência em geral, de acordo com o estudo, é cometida por alguém próximo da vítima e quase sempre dentro do convívio familiar.

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