Qualidade do ar no Acre se agrava com aumento de queimadas

A qualidade do ar no Acre se agrava devido ao aumento de queimadas, colocando a saúde da população em risco. Números alarmantes exigem ações rápidas do governo e conscientização da população.

Qualidade do ar no Acre se agrava com aumento de queimadas
Qualidade do ar no Acre se agrava com aumento de queimadas – Crédito: hxdbzxy/Shutterstock

O aumento dos focos de queimadas, somado ao tempo seco e ausência de chuvas, está fazendo com que a qualidade do ar no Acre se deteriore, tornando-se inadequada para a saúde. Esse cenário já é visível em diversas cidades do estado, incluindo Rio Branco, a capital. Dados recentes indicam que os níveis de poluentes no ar estão alarmantemente altos.

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Na última quinta-feira, 25 de julho de 2024, por volta das 22h18, sensores que monitoram a qualidade do ar em Rio Branco registraram números quatro vezes acima do valor ideal, conforme o sistema Purple Air. Esse sistema, que mostra dados em tempo real, indica que a qualidade do ar está perigosamente comprometida, colocando a população em risco.

Qual é a situação atual da qualidade do ar no Acre?

O sistema de monitoramento que detecta os focos de queimadas e a qualidade do ar no Acre é resultado de um projeto que envolve o Ministério Público do Acre (MPAC), a Universidade Federal do Acre (Ufac), além de órgãos de saúde e do meio ambiente. Esses equipamentos são essenciais para entender a extensão do problema e ajudar na tomada de decisões.

De acordo com o sistema, Rio Branco apresentou uma média de 69 microgramas por metro cúbico de material particulado nas 24 horas anteriores ao registro. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o valor máximo aceitável é de 15 microgramas por metro cúbico. Concentrações superiores a 12 microgramas por metro cúbico já representam riscos significativos à saúde, principalmente em exposições prolongadas.

Quais são os efeitos das queimadas na qualidade do ar?

A professora Sonaira Silva, pesquisadora da Ufac e coordenadora do sistema de monitoramento, destaca que Rio Branco sempre enfrenta grandes incêndios entre junho e julho. Esse ano, a situação está ainda pior. “Agosto, setembro e outubro são os momentos críticos”, ela comenta. Na tarde de quinta-feira, o Corpo de Bombeiros precisou combater um incêndio de grandes proporções na região da Via Verde, em Rio Branco.

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Além de Rio Branco, outras cidades acreanas também registraram índices de poluição acima do recomendado. Cruzeiro do Sul, por exemplo, tem apresentado níveis alarmantes, sinalizando uma tendência crescente de piora na qualidade do ar em toda a região. A necessidade de ações rápidas e eficazes é evidente.

Qual é a situação das queimadas no Acre em 2024?

Nos primeiros sete meses de 2024, o Acre registrou 546 focos de queimadas. Feijó lidera o ranking com 99 focos, seguido de Cruzeiro do Sul com 76, e Tarauacá com 54. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 75% desses focos foram registrados em julho. Essa vasta extensão de queimadas coloca o estado do Acre sob uma situação de emergência ambiental desde o dia 11 de junho.

  • Feijó: 99 focos
  • Cruzeiro do Sul: 76 focos
  • Tarauacá: 54 focos
  • Total no estado: 546 focos

Qual é a resposta das autoridades?

O governo do Acre, através da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), está coordenando ações para prevenir e combater desmatamentos e incêndios. Julie Messias, secretária do Meio Ambiente, reforça a importância da consciência e sensibilidade individual nesse período crítico. “Diante do período de estiagem, o risco de queimadas é alto. Precisamos agir com responsabilidade para proteger nossa comunidade e o ecossistema”, destaca.

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A adoção de medidas preventivas e o aperfeiçoamento do monitoramento também são pontos-chave na estratégia do estado. A população é orientada a economizar água e entender que a prática de queimadas é considerada crime. As ações precisam ser coletivas, envolvendo tanto autoridades quanto cidadãos.

  • Decreto de situação de emergência desde 11 de junho
  • Ações coordenadas pela Sema
  • Aperfeiçoamento do monitoramento e medidas preventivas

Em resumo, a qualidade do ar no Acre está em um estado crítico devido ao aumento das queimadas e à falta de chuvas. É fundamental que ações sejam tomadas para controlar a situação e proteger a saúde da população. A coordenação entre órgãos governamentais, instituições de pesquisa e a comunidade é essencial para enfrentar esse desafio ambiental.

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