O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira (27) que não vai interferir no reajuste de preço dos planos de saúde. A declaração foi feita após anúncio da ANS (Associação Nacional de Saúde Suplementar) de aumento em planos de saúde individuais e familiares.
“Não é função do Ministério da Saúde interferir nesse mercado”.
Pelas redes sociais, Queiroga defendeu que são necessárias mudanças estruturais no setor privado. Segundo o chefe da Saúde, os aumentos pagos pelos brasileiros “não necessariamente estão associados com a qualidade do serviço prestado”. “Reafirmo o que tenho dito desde que assumi o Ministério da Saúde: são necessárias mudanças estruturais no setor privado, como maior transparência, mais eficiência e ampliação da concorrência”, escreveu.
Hoje, os aumentos das mensalidades arcadas pelos brasileiros que contratam plano de saúde não necessariamente estão associados com a qualidade do serviço prestado.
— Marcelo Queiroga (@mqueiroga2) May 27, 2022
Reajuste de 15,5% em planos de saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta quinta-feira (26) um possível reajuste de 15,5% nos planos de saúde individuais e familiares. A decisão deve entrar em vigor amanhã, sexta-feira (27), depois de sua publicação no Diário Oficial da União.
Depois de um reajuste negativo de -8,19% em 2021, causado pela queda de exames e procedimentos provocada pela pandemia, os convênios de saúde devem subir. Este é o maior percentual de aumento já aprovado pela ANS desde o ano 2000. O maior reajuste até então aconteceu no ano de 2016, com 13,57% de aumento.
O reajuste será aplicado nos planos que completam aniversário no período entre maio de 2022 e abril de 2023, contratados a partir de janeiro de 1999 ou que já foram adquiridos sob a nova legislação (Lei nº 9.656/98).
Este reajuste é calculado com base nas alterações de valores das despesas com o atendimento dos usuários, na intensidade de utilização dos planos e com base na inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).