
O Tribunal Regional da 1ª Região atendeu ao pedido da defesa e concedeu liberdade à delatora da Operação Lava Jato, Nelma Kodama. Ela estava presa desde 2022, quando foi alvo da Operação Descobrimento, investigação que a apontou como doleira do tráfico internacional de cocaína.
De acordo com a decisão do desembargador federal Ney Bello, Nelma não pode entrar em contato com ninguém citado nas investigações da Operação Descobrimento. Além disso, ela deverá comparecer a cada 15 dias ao Juízo Federal da localidade de residência para informar e justificar atividades. Por último, Nelma Kodama deve entregar seu passaporte nas próximas 24 horas e utilizar tornozeleira eletrônica.
Quem é Nelma Kodama?
A empresária Nelma Kodama veio a público após ser presa pela primeira vez em 2014, na primeira fase da Operação Lava Jato após tentar embarcar em um avião para a Itália com 200 mil euros na calcinha. Nelma foi considerada a líder de um grupo criminoso que operava no mercado clandestino de câmbio, abastecendo o negócio de Alberto Yousseff, que também foi preso.
O juiz Sergio Moro a condenou a 15 anos de prisão pela lavagem de R$ 221 milhões. Posteriormente, ela aceitou o acordo de delação premiada.
Nelma voltou para a mira da Lei quando agentes da Operação Descobrimento a puseram sob custódia em 2022, em um hotel de luxo em Lisboa, Portugal. Os agentes apreenderam 580 kg de cocaína na fuselagem de um avião no aeroporto internacional de Salvador, Bahia. De acordo com as investigações, ela comandava um esquema de tráfico internacional de cocaína.
Doleira Nelma Kodama, ex-namorada do doleiro Alberto Youssef, é presa por tráfico de drogas. Ela foi a primeira delatora da Operação Lava Jato, foi condenada a 18 anos de prisão pelo então juiz Sergio Moro, por corrupção e organização criminosa.
Recebeu indulto do ex presi. Temer pic.twitter.com/KhYUtx83IS— 〽️𝐢𝐠𝐮𝐞𝐥 𓃠 (@Miguel_100001) April 20, 2022