PEDIATRA E EMPRESÁRIO

Quem é o casal acusado de manter idosa em situação análoga à escravidão por 27 anos?

Segundo a investigação, a vítima não tinha acesso a vida social, dinheiro e vivia em condições precárias.

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Idosa mantida trabalho análogo à escravidão e médica pediatra acusada do crime (Créditos: Divulgação/MPT)

Um casal é acusado pelo Ministério Público do Trabalho de manter uma mulher de 82 anos em situação análoga à escravidão por 27 anos, em Ribeirão Petro, São Paulo. Segundo a investigação, a vítima não tinha acesso a vida social, dinheiro e vivia em condições precárias.

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Os acusados são Maria de Fátima Nogueira Paixão, médica pediatra, aposentada pela Prefeitura de Ribeirão Preto e o empresário Hamilton José Bernardo. O casal vive em Ribeirânia, bairro tradicional da zona leste da cidade.

O casal tem três filhos, todos médicos. Maria de Fátima se aposentou em 2017, pela Prefeitura, recebendo um salário líquido de R$ 12,7 mil, segundo dados da Transparência Municipal. Hamilton José tem uma empresa no setor de confecção de roupas, que tem capital avaliado em cerca de R$ 100 mil, segundo os registros.

A pediatra contou à Justiça que conhecia a mulher há mais de 30 anos, quando ela trabalhava na casa de uma amiga. A acusada afirma que a empregada foi trabalhar para ela depois que a amiga a “cedeu” e ela.

Segundo o MPT, a vítima vivia em situações precárias, com roupas e sapatos simples que em depoimento disse terem sido comprados pela empregadora. Em depoimento, a empregada disse que quando chegou na casa haviam lhe prometido um salário mínimo.

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No entanto, contou que o salário ficava com a patroa, que havia combinado de economizar em nome dela o valor para que comprasse uma casa, que era seu sonho. A médica alegou que pagava um salário mínimo por mês, mas não apresentou provas, como recibos, o pagamento das férias e décimo terceiro, segundo a Procuradoria do Trabalho.

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— Metrópoles (@Metropoles) December 8, 2022

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