MAL SÚBITO

Quem era o médico que morreu em ação humanitária no RS?

Leandro Medice, de 41 anos, havia partido de Vila Velha, no Espírito Santo, no domingo passado (12), para ajudar as vítimas das enchentes

Médico Leandro Medice faleceu durante missão humanitária
Médico Leandro Medice faleceu durante missão humanitária – Créditos: Reprodução

O médico Leandro Medice, de 41 anos, sofreu um mal súbito e faleceu na madrugada desta segunda-feira (13) em um abrigo na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Ele havia partido de Vila Velha, no Espírito Santo, no domingo passado (12), para ajudar as vítimas das enchentes.

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A clínica onde o médico trabalhava confirmou a notícia em uma postagem nas redes sociais, lamentando a perda. Dias antes, Leandro havia anunciado sua missão humanitária para auxiliar no atendimento médico da população gaúcha afetada pelas inundações. “O sul tá precisando da gente, então a gente saiu um pouquinho da nossa rotina e do nosso conforto de consultório”, disse.

No abrigo, Leandro compartilhou um vídeo destacando a situação vulnerável das pessoas atingidas pelas enchentes. Ainda não foram divulgadas informações sobre como a família irá proceder com os trâmites com o corpo. A clínica mencionou que em breve serão fornecidos detalhes sobre o velório e enterro.

 

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Quem era o médico?

Leandro se formou inicialmente como fisioterapeuta. Em seguida, fez Medicina e se especializou em Cardiologia, trabalhando como médico intensivista. Ele também se dedicou ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Nos últimos anos, se debruçou na especialidade de estética capilar.

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Segundo o marido de Leandro, o acupunturista João Paulo Martins, o companheiro não tinha histórico de doenças. “Ele era muito saudável, sempre cuidou da saúde. Nunca teve histórico nenhum de problemas. Eu ainda não consigo acreditar no que aconteceu. Quando me contaram, pensei que fosse brincadeira. Ele foi para ajudar as pessoas e aconteceu essa tragédia“, contou ao g1.

Leandro se uniu a outros três médicos para oferecer seu tempo e conhecimento às vítimas das chuvas. O médico compartilhou vídeos expressando sua ansiedade em chegar ao destino e ajudar.

Por telefone, Leandro contou ao marido, ainda na noite de domingo, após um dia inteiro de trabalho, que foi recebido calorosamente no abrigo. Ele disse que trabalhou o dia todo e que iria dormir para estar pronto para continuar ajudando na segunda-feira.

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Leandro roncava um pouco e, por isso, preferiu dormir mais afastado dos amigos. Me contou que era tudo muito organizado, que conseguiram um colchão muito limpo e que já estava com saudade de mim. Estávamos juntos há seis anos e disse que não lembrava qual tinha sido a última vez que tinha viajado sozinho“, relatou o marido.

Ao amanhecer, Leandro não apareceu no ponto de encontro no horário combinado. “Ele sempre foi muito pontual. As amigas foram até ele e já o encontraram morto“, disse.

Antes de dormir, mostrou o vídeo do nosso casamento às amigas que viajaram com ele e contou como tudo tinha sido maravilhoso. Esse foi o último assunto da noite, segundo as próprias médicas“, completou João.

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, lamentou a morte do médico em um post feito no X (antigo Twitter). “A morte de um voluntário que veio ao Rio Grande do Sul para ajudar no atendimento às vítimas da tragédia nos deixa profundamente entristecidos. Meus sentimentos aos familiares e amigos do Leandro“, disse.

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