De acordo com a plataforma suíça de monitoramento do ar, a IQAir, a Amazônia Ocidental se tornou a região mais poluída do mundo no último mês. Os incêndios florestais intensificaram a emissão de poluentes, fazendo com que a concentração de material particulado no Brasil ultrapassasse a de países como Índia, Paquistão e China, conhecidos por seus altos níveis de poluição.
Os meses de setembro e outubro tradicionalmente registram picos de poluição na maioria das cidades brasileiras devido aos incêndios na Amazônia. Entretanto, este ano, os dados da organização mostram que cidades da região estão registrando índices de poluição acima da média, já em agosto.
Em Rondônia, a capital Porto Velho teve um agosto quatro vezes mais poluído do que no ano passado. Durante sete dias, o ar foi classificado como “perigoso”, o grau mais alto de poluição. Na quinta-feira (05), a cidade ficou na faixa “muito insalubre”, com níveis de poluentes quase 36 vezes maiores do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Quais os impactos desta poluição no Brasil?
O corredor de fumaça dos incêndios florestais espalha a nuvem de poluição a centenas de quilômetros do foco das queimadas. A cidade de São Paulo, por exemplo, registrou um mês mais poluído do que a média histórica, assim como o Rio de Janeiro, que enfrentou uma qualidade do ar duas vezes pior do que no ano passado.
No Acre, a capital Rio Branco também registrou índices de poluição duas vezes piores em comparação com agosto do ano passado. A capital foi considerada a cidade mais poluída do Brasil nesta quarta-feira (4), com níveis mais de 26 vezes acima do recomendado pela OMS.
A IQAir prevê que Porto Velho mantenha um ar de “insalubre” a “muito insalubre” na próxima semana. O calor e a baixa umidade do ar agravam ainda mais os efeitos da poluição atmosférica.
Publicado por @coalizaobrasilVer no Threads
Recomendações para reduzir os impactos dos incêndios
Para minimizar os impactos dos incêndios florestais e da poluição na Amazônia Ocidental, as recomendações envolvem:
- Reforço na fiscalização: aumentar a presença de fiscais e agentes de controle ambientais para prevenir queimadas ilegais.
- Incentivo à agricultura sustentável: apoiar práticas agrícolas que não dependam de queimadas para renovação do solo.
- Cooperação internacional: buscar apoio técnico e financeiro de outros países e organizações internacionais para combater a poluição.