detido em Florianópolis

Relembre o caso do “Faraó do Bitcoin”, golpista preso nesta semana

Cláudio Barbosa é acusado de integrar um esquema de pirâmide com criptomoedas que resultou em um prejuízo de R$ 4,1 bilhões em mais de 80 países

Cláudio Barbosa, conhecido como "Faraó do Bitcoin", foi preso nesta semana em Florianópolis, após estar foragido desde 2022.
Cláudio Barbosa foi detido em um carro de luxo – Créditos: Redes sociais/Reprodução

Cláudio Barbosa, conhecido como “Faraó do Bitcoin”, foi preso nesta semana em Florianópolis, após estar foragido desde 2022. Barbosa é acusado de integrar um esquema de pirâmide com criptomoedas que resultou em um prejuízo de R$ 4,1 bilhões em mais de 80 países, conforme informações da Polícia Federal (PF).

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A prisão ocorreu no bairro Jurerê Internacional, onde Barbosa foi encontrado dentro de um carro de luxo, um Audi. A Polícia Militar (PM) efetuou a ação após receber uma denúncia anônima informando que um foragido do Mato Grosso do Sul estava na região. Barbosa não resistiu à prisão e foi imediatamente levado à sede da PF em Florianópolis.

A defesa de Barbosa, representada pela advogada Talesca Campara de Souza, afirmou: “Entendemos ser totalmente desnecessária sua custódia cautelar, uma vez que o processo já está em sua fase final”. No entanto, o pedido de liberdade durante a audiência de custódia foi negado pela Justiça. A sessão foi realizada de forma virtual, já que o processo está tramitando em Campo Grande (MS).

Segundo a advogada, “com a manutenção da prisão preventiva e considerando o feriado e plantão judicial, estão sendo consideradas as melhores estratégias para as medidas cabíveis para restabelecer sua liberdade”.

Operação La Casa de Papel investigava esquema do Faraó do Bitcoin

A prisão de Barbosa é parte de uma ampla operação deflagrada pela Receita Federal e Polícia Federal em outubro de 2022, chamada ‘La Casa de Papel’. A ação visava desarticular uma organização criminosa especializada na captação de recursos de investidores sob a promessa de rendimentos elevados em setores como minas de diamantes, vinhos, viagens e energia.

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As investigações começaram após a prisão em flagrante de dois integrantes do grupo e um segurança particular em Dourados, Mato Grosso do Sul, em 2021. Na ocasião, foram encontrados 100 mil dólares em esmeraldas sem documentação.

O grupo, que incluía a empresa Trust Investing, promovia seu esquema de pirâmide por meio da internet, atingindo investidores no Brasil, Europa e América Latina. As investigações apontaram que mais de 1,3 milhão de pessoas sofreram prejuízos, com perdas que somam milhões de dólares.

Os envolvidos exibiam uma vida luxuosa nas redes sociais, com fotos de viagens internacionais para destinos como Dubai, Cancún e Europa, além de ostentar carros de luxo, joias, roupas de grife e participações em eventos exclusivos. Segundo a PF, essa exibição de riqueza era uma estratégia para atrair mais vítimas para o golpe.

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Durante a operação La Casa de Papel, foram emitidos seis mandados de prisão preventiva, incluindo um contra Cláudio Barbosa. Na época, Barbosa conseguiu escapar e desde então era considerado foragido. Outros sócios da empresa, incluindo o marido da cantora Perlla, foram presos.

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