
Um protesto no Centro do Rio de Janeiro aconteceu neste sábado (28) contra as mortes violentas por intervenção do Estado.
Grupo pediu transparência e rigor nas investigações das 23 mortes na Vila Cruzeiro ocorridas durante operação na terça-feira (24).
12 policiais, sendo 9 PMs e 3 agentes da PRF entregaram armas que, segundo eles, foram usadas em confrontos na Vila Cruzeiro. Eles relataram a participação em 10 das 23 mortes durante a operação.
Na quinta-feira (26), a Polícia Civil retificou a informação de homicídios na operação na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, Zona Norte, reduzindo de 26 para 23 – já que outras mortes seriam de um confronto entre traficantes no Morro do Jumento.
De acordo com as corporações, a operação deflagrada na terça tinha como propósito prender chefes do Comando Vermelho e suspeitos de outros estados que estariam escondidos ali.
A ação tinha meses de planejamento, mas uma suposta migração para a Rocinha fez com que ocorresse de modo emergencial.
Ao analisar as ações na Vila Cruzeiro, em entrevista exclusiva ao site Perfil Brasil, o Deputado Federal e pré-candidato ao Governo do RJ pelo NOVO, Paulo Ganime, criticou o tom político dado ao tema:
“Tem envolvido um debate ideológico, quando deveria ser técnico”, afirma o deputado.
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A ação é considerada a segunda mais letal da história do Rio de Janeiro, atrás somente da ação no Jacarezinho, de maio de 2021, que resultou em 28 mortes.
Tá tudo errado! Nem Marcelo Freixo, que diz que não pode ter mais operações. Muito menos o Cláudio Castro, que reforça o sucesso da operação com a morte de uma inocente.
— Paulo Ganime (@pauloganime) May 26, 2022