Os corpos encontrados dentro de um apartamento no edifício Mondrian Antares, em Águas Claras (DF), na noite dessa terça-feira (9), são de Milce Maria Alonso Soares, de 63 anos, e do filho dela, Cleber Baraldi Viana Filho, de 27 anos.
Segundo informações da Polícia Civil do DF (PCDF), a mulher teria atirado e matado o próprio filho, que tinha Transtorno do Espectro Autista (TEA), e, sem seguida, se matou. Mãe e filho moravam sozinhos no apartamento.
Os moradores informaram que um dos apartamentos exalava um cheiro muito forte e suspeitaram que poderia haver algum cadáver no local e acionaram a Polícia Militar do DF (PMDF).
Quando invadiram o imóvel, os PMs encontraram o corpo de Cleber na sala e o de Milce Maria no quarto. Ao lado do corpo da mãe havia um revólver.
Vizinhos contaram à reportagem que Cléber foi visto pela última vez no sábado (6/1). A delegada da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), Elizabeth Frade, que investiga o caso, disse que, pelas condições dos corpos, o crime teria ocorrido há pelo menos dois dias.A Polícia Civil foi acionada e investiga as circunstâncias do crime que chocou a comunidade.
Segundo vizinhos, a mulher, que trabalhava como dentista em uma clínica de Ceilândia, sofria de depressão havia alguns meses e aparentava ser uma pessoa tranquila. Cleber, por sua vez, tinha diagnóstico do TEA. “Ele era uma pessoa agitada e vivia conversando com nós [sic] aqui no condomínio. A gente sempre o via pedindo comida pelo aplicativo, ouvindo música e dirigindo a moto que tinha”, declarou uma mulher.
Essa tragédia em Águas Claras, envolvendo um filho autista e sua mãe, só reforça o quanto precisamos avançar no fortalecimento da rede de atendimento psicossocial do DF. O desmonte dessa política gera danos irreparáveis à sociedade! +
— Fábio Felix 🏳️🌈 (@fabiofelixdf) January 10, 2024