TRAGÉDIA

Seca: gado atola às margens de rio e agoniza até a morte

Caso aconteceu no município de Coxim, no Mato Grosso do Sul; O proprietário dos animais não foi identificado

Caso aconteceu no município de Coxim, no Mato Grosso do Sul; O proprietário do gado ainda não foi identificado.
Gado agoniza até a morte – Créditos: Reprodução

A seca intensa e os incêndios que assolam o Pantanal estão causando problemas para os animais da região. Pescadores do município de Coxim, ao longo do rio Taquari, no Mato Grosso do Sul, flagraram um gado ilhado e atolado no leito seco do rio, incapaz de retornar para pastagens seguras.

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Conforme a Polícia Militar Ambiental (PMA) e a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), que acompanham a situação, o proprietário desses animais ainda não foi identificado. Os registros mostram a dura realidade enfrentada pelos bovinos na busca desesperada por água.

Juliana Abdo, funcionária pública, relatou que seu marido realizou os registros na região conhecida como Boca do Caronal. Segundo ela, “No dia em que eles desceram, já havia muitas cabeças de gado no rio, perdidos, isolados, ilhados. Eles descem no rio provavelmente para tomar água e não conseguem retornar”, afirmou em entrevista ao G1.

A seca, os incêndios e a morte do gado

Os incêndios têm agravado a seca no Pantanal, contribuindo para a situação crítica ao longo do rio Taquari. O ponto mais severo fica a cerca de duas horas de barco de Coxim. Pescadores relataram que encontraram bezerros agonizando, e muitos outros animais vivos, mas em estado crítico.

“Foi encontrado bezerro agonizando, muitos animais vivos morrendo à própria sorte. Eles contaram quase 200 cabeças de gado no trajeto todo; há muito boi morto”, lamentou Juliana. Estes dados retratam o cenário dramático ao longo do rio, onde o gado, na busca por água, acaba atolado no barro ou incapaz de subir as margens.

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O comandante da PMA em Coxim, capitão Anderson Abraão Elias, informou que a corporação está monitorando a situação dos animais. Estima-se que pelo menos 11 animais morreram às margens do rio e mais ainda estão ilhados, sem conseguir retornar para as pastagens.

“Muitos animais ficaram atolados no local e não conseguiram retornar para o pasto. Agora pela manhã estão fazendo levantamento de outros animais que estão espalhados”, explicou o capitão Elias. A PMA realiza rondas contínuas para contabilizar e resgatar o gado em risco.

A penalidade pelo abandono de animais, de acordo com a PMA, inclui detenção de 3 meses a 1 ano e multa de R$ 3 mil por cabeça ou uma multa diária de R$ 3 mil. A equipe da Iagro também está atuando em conjunto com a PMA para identificar o dono dos animais e tomar as medidas necessárias. Até esta sexta-feira (6) as ações de resgate e controle permanecem em andamento.

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