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Sonia Guajajara e Tulio de Oliveira estão entre os 100 mais influentes da revista Time

Guajajara é uma importante líder indígena e Tulio foi um dos responsáveis pela identificação da variante ômicron.

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Sonia Guajajara (esq.) e Tulio de Oliveira (dir.) (Crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

A revista norte-americana Time elegeu nesta segunda-feira (23) a líder indígena Sonia Guajajara e o cientista Tulio de Oliveira como as 100 pessoas mais influentes do mundo em 2022. Guajajara foi escolhida por conta do seu trabalho e ativismo em defesa dos direitos dos povos indígenas, e Tulio, que vive na África do Sul, foi escolhido em função do trabalho que realizou para a identificação da variante ômicron do coronavírus, sequenciada no país africano.

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Em seu Twitter, Guajajara comentou a posição elencada pela revista. “É um reconhecimento da luta indígena global, que é coletiva e defende o futuro de toda a humanidade”, escreveu. 

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O texto de apresentação de Guajajara na revista foi escrito pelo candidato a deputado federal, Guilherme Boulos (PSOL), que ressaltou a oposição da líder indígena ao governo de Jair Bolsonaro (PL), seu ativismo em torno da emergência climática e as denúncias feitas por ela sobre a negligência dos direitos indígenas durante a pandemia da Covid-19. “Ela é uma inspiração, não apenas para mim, mas para milhões de brasileiros que sonham com um país que debata seu passado e finalmente acolha o futuro”, escreveu Boulos. 

O militante do PSOL ainda ressaltou que “desde cedo Guajajara lutou contra as forças que têm tentado exterminar sua comunidade por mais de 500 anos”. “Sonia segue resistindo: contra o machismo, como uma mulher feminista; contra o massacre dos povos indígenas, como uma ativista; e contra o neoliberalismo, como uma socialista”, acrescentou Boulos.

Tulio de Oliveira e o sonho de um ”Brasil melhor”

O cientista Tulio de Oliveira disse ser uma grande honra figurar na lista ao lado de Guajajara. “Vamos trabalhar para um Brasil melhor, que respeite a ciência, a vida, a população indígena e a natureza”, escreveu o cientista em seu Twitter.

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Tulio foi reconhecido na categoria ao lado do também cientista Sikhulile Moyo, diretor do laboratório para o estudo do HIV do governo de Botsuana em parceria com a Universidade Harvard. O cientista vive na África do Sul desde 1997 e é diretor do Centro para Respostas e Inovação e Epidemias (Ceri) daquele país.

O texto de apresentação de Tulio foi assinado pelo escritor John Nkengasong, diretor dos Centros Africanos para Controle e Prevenção de Doenças. O camaronês descreve o sequenciamento da ômicron, prontamente comunicado à comunidade internacional, como “uma mudança de paradigma que simbolizou que a excelência científica pode ter origem na África”.

 

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