Já se passaram mais de duas semanas desde a formação do furacão Ernesto e, até agora, não há previsão de outro no pico da temporada de furacões de 2024. Este fato tornou-se um período mais longo sem a formação de uma nova tempestade nomeada, intrigando especialistas.
As áreas monitoradas pelo Centro Nacional de Furacões (NHC) indicam uma ausência notável de atividade, desafiando as previsões iniciais que apontavam para uma temporada super ativa. Com todos os olhos voltados para o Atlântico Norte tropical, a dúvida agora é se as previsões para 2024 serão um grande fracasso.
Previsões de temporada de furacões 2024: Um grande fracasso?
Segundo o especialista Ed Piotrowski, as previsões de uma temporada extremamente ativa estão em sério risco. No auge da temporada, não tivemos outra tempestade nomeada desde a formação de Ernesto, dia 12 de agosto. A última vez que isso aconteceu foi em 1968, há 56 anos.
Então, o que está acontecendo? Por que há tanta calmaria e o que esperar para o resto da temporada? A atmosfera é complexa e vários fatores devem ser analisados para determinar a atividade de uma temporada de furacões. Aqui estão alguns pontos importantes:
- Temperaturas das águas superficiais no Atlântico tropical: As águas estão extremamente quentes, o que favorece o desenvolvimento de tempestades.
- Cisalhamento do vento: Tem sido alto, inibindo o desenvolvimento de tempestades.
- Trajetória das ondas tropicais africanas: Muito ao norte, o que é desfavorável.
- Estabilidade atmosférica: Acima do normal, desfavorável ao desenvolvimento de tempestades.
- Oscilação Madden-Julian: Atual fase negativa, inibitória para tempestades.
Por que a calma na temporada de furacões 2024?
A pergunta que muitos fazem: Por que, com todas as condições aparentemente favoráveis, as tempestades não estão se formando? A resposta pode estar em uma série de fatores que, juntos, suprimem a atividade de tempestades. Aqui estão algumas razões detalhadas:
- Cisalhamento do vento: Este fenômeno altera a circulação dos sistemas tropicais, reduzindo sua eficiência e força.
- Trajetória das ondas tropicais: Ondas emergindo da África sobre águas mais frias e uma atmosfera com muita poeira, o que prejudica o desenvolvimento.
- Estabilidade atmosférica elevada: O ar mais quente do que o normal suprime a atividade de tempestades.
- Fase negativa da OMJ: Um período de inibição de tempestades que dificulta a formação de trovoadas.
Quais as chances de novas tempestades no atlântico?
O NHC está monitorando quatro áreas no Atlântico tropical, mas as chances de desenvolvimento tropical são muito baixas. Nenhuma dessas áreas tem probabilidade média de se tornar uma depressão ou tempestade tropical nos próximos sete dias. Aqui estão as áreas monitoradas e as probabilidades de formação:
- Atlântico Noroeste: Probabilidade de formação em até 48 horas: 10%. Em até 7 dias: 20%.
- Atlântico Tropical Leste: Probabilidade de formação em até 48 horas: 10%. Em até 7 dias: 20%.
- Noroeste do Mar do Caribe e sudoeste do Golfo do México: Probabilidade de formação em até 48 horas: 0%. Em até 7 dias: 30%.
- Atlântico Tropical Central: Probabilidade de formação em até 48 horas: 0%. Em até 7 dias: 10%.
Estamos em setembro, o mês mais movimentado da temporada de furacões no Atlântico, e é raro não haver nenhuma tempestade tropical prevista para os próximos dias. Ainda há um longo caminho a percorrer na temporada de furacões 2024, e todos aguardam para ver como essa calmaria vai se desenrolar.
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