Operação Help

Tortura e ‘sala do castigo’: veja como funcionava clínica de reabilitação em Goiás

Durante a investigação, a equipe descobriu diversos abusos chocantes na clínica, incluindo negligência na alimentação e saúde dos internos

Durante a investigação, a equipe descobriu diversos abusos chocantes na clínica, incluindo negligência na alimentação e saúde dos internos
Durante a investigação, a equipe descobriu diversos abusos chocantes na clínica, incluindo negligência na alimentação e saúde dos internos – Crédito: Divulgação / Polícia Civil de Goiás

Em uma ação dramática que ocorreu na terça-feira passada, a Polícia Civil de Goiás desmantelou uma operação clandestina em uma clínica de reabilitação localizada em Pontalina, que fica a aproximadamente 116 quilômetros da capital, Goiânia. A clínica estava envolvida em casos chocantes de tortura e abuso dos internos.

Publicidade

A operação, que foi intitulada “Operação Help“, resultou em emitir cinco mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva. De acordo com Tereza Nabarro, a delegada que liderou as investigações, a corrida ainda não acabou, pois há possibilidade de mais dois mandados serem expedidos em breve.

Quais foram as condições encontradas na clínica?

Durante a investigação, a equipe descobriu diversos abusos chocantes na clínica, incluindo negligência na alimentação e saúde dos internos, cárcere privado entre outras violações graves. “Os responsáveis manipulavam uma ‘cela de castigo’, um local insalubre com grades e cadeados, onde internos eram deixados isolados por dias como punição”, relata Nabarro.

A delegada Tereza Nabarro descreveu que muitos dos criminosos já tinham fichas extensas, com histórico de envolvimento em homicídio, tráfico e roubo. Esta operação não só desarticula uma rede de tratamento abusivo mas também destaca a necessidade de monitoramento e regulamentação rigorosa em instituições que cuidam de vulneráveis.

Quem são os acusados e o que cometeram?

Entre os acusados, figuram nomes como Lucas, Rafael, Mateus, André e Gustavo, que enfrentam acusações que incluem tortura e cárcere privado. Além disso, dois suspeitos, Joaquim Camargo de Araújo e Thiago Altino Barbosa, ainda estão foragidos e são acusados de cárcere privado qualificado, tortura e, no caso de Joaquim, estupro de vulnerável.

Publicidade

Esta chocante revelação ressalta a importância de uma vigilância contínua por parte das autoridades para prevenir tais abusos em instalações destinadas ao tratamento e à reabilitação. A delegada Nabarro enfatizou a necessidade de continuar as buscas por mais vítimas e testemunhas que possam fornecer detalhes adicionais para fortalecer o caso contra os acusados.

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.