eventos climáticos

Tragédia no RS: Mais de 600 mil pessoas ainda estão fora de casa devido às inundações

Desde o início das chuvas intensas, 77,8 mil pessoas foram resgatadas, juntamente com 12,5 mil animais silvestres, domésticos e de produção

Mais de 616,6 mil pessoas ainda não podem voltar para suas casas devido à calamidade pública causada pelas fortes chuvas.
Número de mortos chega a 172 e há 42 desaparecidos no estado – Crédito: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

No Rio Grande do Sul, mais de 616,6 mil pessoas ainda não podem voltar para suas casas devido à calamidade pública causada pelas fortes chuvas entre o fim de abril e maio. Entre essas pessoas, 37.154 estão temporariamente abrigadas em um dos 857 abrigos provisórios disponibilizados pelo estado. Conforme o balanço das enchentes atualizado pela Defesa Civil nesta segunda-feira (3), 579.457 pessoas ainda estão desalojadas, residindo temporariamente em casas de parentes, amigos ou à beira de estradas, enquanto não podem retornar às suas residências.

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A tragédia resultou em 172 mortes, segundo a Defesa Civil no domingo, e 42 pessoas continuam desaparecidas. Desde o início das chuvas intensas, 77,8 mil pessoas foram resgatadas, juntamente com 12,5 mil animais silvestres, domésticos e de produção, incluindo cachorros, gatos, cavalos, porcos, bois e galinhas.

Segundo a reportagem da Agência Brasil, em pouco mais de um mês desde o início dos eventos climáticos, 2.390.556 pessoas foram afetadas direta ou indiretamente, representando 21,97% da população total do estado, que é de 10,88 milhões de habitantes em 475 municípios impactados pelas chuvas e enchentes.

O nível do Guaíba, que banha a região metropolitana de Porto Alegre, voltou a subir no domingo, alagando algumas ruas da cidade na manhã desta segunda-feira (3). Às 10h, o nível do lago na área da Usina do Gasômetro chegou a 3,80 metros, 20 centímetros acima da nova cota de inundação de 3,60 metros no centro da cidade, com tendência de queda desde o início da manhã.

O boletim do governo do Rio Grande do Sul, atualizado às 9h desta segunda-feira, indica que a Lagoa dos Patos, no bairro do Laranjal, está com o nível de 2,21 metros, quase um metro acima da cota de inundação fixada em 1,30 metros. O Rio Gravataí, medido no balneário de Passo das Canoas, está com 4,81 metros, enquanto a cota de inundação é 4,75 metros.

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Alguns rios voltaram a ficar abaixo de seus níveis de inundação. O Rio dos Sinos, em São Leopoldo, está em 4,33 metros (cota de inundação: 4,50 metros), o Taquari, em Muçum, atualmente com 3,49 metros (cota de inundação: 18 metros), o Caí, medido em Feliz, com nível de 2,16 metros (cota de inundação: 9 metros) e o Uruguai, em Uruguaiana, medindo 7,32 metros (cota de inundação: 8,50 metros).

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