
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta segunda-feira (9) que rejeitou as novas sugestões de militares das Forças Armadas sobre as eleições de 2022.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) segue proferindo ataques às urnas eletrônicas e promete contratar uma auditoria privada que pode, segundo ele, “complicar” o tribunal antes da eleição. O TSE negou três das sete sugestões feitas pelos militares, afirmando que as demais quatro sugestões já estão em prática, sem necessidade de alterações.
O ministro e presidente do tribunal, Edson Fachin, reafirmou que o pleito deste ano terá segurança. “A Justiça Eleitoral tem historicamente assegurado a realização de eleições íntegras em nosso país. O êxito e a credibilidade conquistados pela instituição nesta tarefa maior de promoção da democracia firmam esta Justiça especializada como verdadeiro patrimônio imaterial da sociedade brasileira”, afirmou Fachin.
Segundo a Folha de São Paulo, na última semana, Bolsonaro disse que o tribunal deveria “agradecer” ao Ministério da Defesa pelas propostas e “tomar providências”. Nesta segunda-feira, a equipe do TSE apontou que as Forças Armadas confundem “conceitos” e erram cálculos ao apontar risco de inconformidade em testes de integridades das urnas. Ainda, o tribunal repete que não há “sala secreta” de totalização de votos, um argumento utilizado, sem provas, pelo presidente Jair Bolsonaro, a fim de sugerir possível fraude.
Hoje (3), o Ministro da Defesa, Paulo Sérgio, reuniu-se com o Presidente da República, Jair Bolsonaro, e com os Comandantes das Forças Armadas. Na ocasião, foram discutidos assuntos de interesse da Defesa Nacional. pic.twitter.com/wz6gT9YWGN
— Ministério da Defesa (@DefesaGovBr) May 3, 2022