astronomia

Como os planetas se formam? Veja algumas teorias científicas

A NASA considera o modelo de acreção do núcleo como uma das hipóteses mais prováveis para a formação dos planetas

A hipótese mais aceita atualmente é que planetesimais se acumularam e formaram os oito planetas principais do Sistema Solar
A hipótese mais aceita atualmente é que planetesimais se acumularam e formaram os oito planetas principais do Sistema Solar – Crédito: Canva Fotos

Há bilhões de anos, o universo era formado principalmente por vastas quantidades de gás e poeira cósmica. Foi a partir desse cenário que os primeiros objetos celestes começaram a se formar. Um dos sistemas mais fascinantes que emergiu desse processo é o Sistema Solar, que equilibra a massividade do Sol com outros oito planetas principais, incluindo a Terra. Mas, afinal, como tudo isso aconteceu? Como funciona a formação dos planetas?

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Até o momento, os cientistas ainda não têm uma compreensão completa de todos os passos envolvidos na formação planetária. Diversas hipóteses são amplamente aceitas e baseadas em estudos, observações astronômicas e simulações computacionais, mas nenhuma é completamente confirmada. A NASA, por exemplo, considera o modelo de acreção do núcleo como uma das hipóteses mais prováveis para a formação dos planetas.

Como ocorre a formação dos planetas?

O modelo de acreção do núcleo é amplamente aceito porque explica muitos aspectos observados do processo de formação planetária. Durante a fase conhecida como disco protoplanetário, uma estrela jovem emite ventos estelares que podem afetar o disco ao seu redor. A formação ocorre principalmente pela colisão e aglomeração de partículas de poeira e gás no disco, formando objetos cada vez maiores.

Durante esse processo, os aglomerados de poeira se transformam em pequenos fragmentos sólidos, e a colisão de partículas permite o crescimento contínuo do objeto. Esses fragmentos, conhecidos como planetesimais, são considerados os blocos de construção dos planetas. Eles podem ter entre 0,1 e 100 quilômetros de diâmetro e contêm elementos como carbono, ferro e gases em suas superfícies.

Qual a suposição mais aceita sobre a formação planetária?

A hipótese mais aceita atualmente é que, após bilhões de anos, esses planetesimais se acumularam e formaram os oito planetas principais do Sistema Solar. Plutão, reclassificado como planeta anão em 2006 pela União Astronômica Internacional (IAU), também se formou a partir desse processo.

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Os astrônomos afirmam que os planetas e exoplanetas podem ter se originado a partir de grãos de poeira tão pequenos quanto um fio de cabelo. Colisões suaves permitiram que esses grãos se fundissem por meio da força da gravidade, levando à formação de corpos celestes maiores. Uma vez que os planetas se formam ao redor de uma estrela, eles são chamados de sistemas planetários, que podem incluir planetas anões, asteroides, satélites naturais, meteoroides e cometas.

Quais são os principais tipos de planetas?

De acordo com a IAU, um planeta é um corpo celeste que orbita o Sol, tem massa suficiente para assumir uma forma quase esférica e cuja força gravitacional expulsa a maior parte dos objetos menores em sua órbita. Os diferentes tipos de planetas incluem:

  • Rochoso: Planetas terrestres com superfícies sólidas, como Terra, Marte, Vênus e Mercúrio.
  • Gigante gasoso: Planetas com núcleos de gás e líquido, atmosferas espessas e características como tempestades e anéis, como Júpiter e Saturno.
  • Gigante de gelo: Semelhantes aos gigantes gasosos, mas com núcleos de gelo e ambientes mais frios, como Urano e Netuno.
  • Anão: Objetos menores que não conseguiram limpar completamente suas órbitas, como Plutão.

Existem outras teorias sobre a formação planetária?

Para a formação dos gigantes gasosos, alguns cientistas acreditam que o processo pode envolver a captura de gás do disco protoplanetário. Outra teoria é a instabilidade gravitacional, sugerindo que esses planetas poderiam se formar durante o colapso gravitacional de uma região do disco, sem a necessidade de um núcleo sólido. No entanto, essa hipótese é menos aceita atualmente.

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Em suma, a formação dos planetas é um processo ainda não completamente compreendido pela ciência. A teoria da acreção é o modelo mais provável, mas é necessária uma investigação contínua para revelar mais detalhes. Enquanto isso, a busca por evidências e a realização de novas observações continuam a fornecer insights valiosos sobre essa fascinante área da astronomia.

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