Mais de 1,5 milhão de refugiados fugiram da Ucrânia

“É a crise mais rápida de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”, diz alto comissário da ONU.

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A maioria fugiu para a Polônia, Hungria, Moldávia, Romênia, Eslováquia; outros foram em direção a vários países europeus (Crédito: Getty Images)

O número de pessoas que fugiram da Ucrânia para países vizinhos nos últimos 10 dias já passa de 1,5 milhão, segundo a Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

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É a crise mais rápida de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial“, escreveu no Twitter o alto comissário das Nações Unidas para refugiados, Filippo Grandi.

No sábado, 05, durante uma entrevista à agência Reuters, o diretor da ONU explicou que, nesta primeira onda de pessoas fugindo, há muitos ucranianos que estão pedindo ajuda para amigos e parentes que vivem em outros países da Europa. A próxima, porém, pode ser mais complexa, com pessoas que não têm onde ficar temporariamente.

De acordo com a Acnur, a maioria fugiu para a Polônia, Hungria, Moldávia, Romênia, Eslováquia, enquanto outros foram em direção a vários países europeus. Cerca de 140 mil foram em direção à Rússia.

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Quase 38 mil refugiados chegaram à Alemanha desde o início da invasão russa, disse um porta-voz do Ministério do Interior alemão à CNN Internacional. Mas esse número pode ser ainda maior, pois não há checagem de fronteira de pessoas que passam da Polônia para a Alemanha.

A ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, disse ao jornal alemão “Bild am Sonntag” que a Alemanha vai acolher refugiados que fogem da guerra na Ucrânia, independentemente de sua nacionalidade.

Entenda a invasão à Ucrânia

A Ucrânia foi invadida pela Rússia no dia 23 de fevereiro. O exército russo avança pelas regiões da fronteira em direção às principais cidades ucranianas. Kiev e Kharkiv são os principais alvos das tropas russas.

O exército russo também ganha terreno no litoral e já conquistou pelo menos uma cidade portuária.

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Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. O presidente russo Vladimir Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.

O líder russo também argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.

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