Com o avanço das tropas russas em várias partes da Ucrânia, os moradores de Lviv, cidade próxima à fronteira com a Polônia, se preparam há vários dias para a chegada dos militares russos.
Desde o início da guerra, residentes lançaram uma força-tarefa para proteger a cidade de 800 mil habitantes. Uma das estratégias é montar barricadas para impedir o avanço das tropas russas por terra. Os moradores também têm se reunido em grandes grupos para fazer coquetéis molotov, segundo reportagem da DW.
Lviv é um importante ponto de passagem para quem está fugindo da guerra em direção à Polônia. Muitos moradores também hospedam temporariamente os refugiados que fazem uma parada na cidade antes de seguir viagem até a fronteira.
Há também uma grande preocupação da comunidade local em proteger o patrimônio da cidade. Segundo a agência France Press, estátuas e patrimônios históricos foram cobertos com lonas e tecidos resistentes contra o fogo para aguentarem as batalhas contra os russos, que parecem estar cada vez mais próximas.
Em outro ponto da cidade, um altar de madeira do século XIV foi desmontado em uma igreja armênia e transferido para um lugar seguro. O mesmo já tinha sido feito durante a primeira Guerra Mundial, ainda de acordo com a France Press.
Entenda a invasão da Rússia à Ucrânia
O exército russo avança pelas regiões da fronteira em direção às principais cidades ucranianas. Kiev e Kharkiv são os principais alvos das tropas russas.
O exército russo também ganha terreno no litoral e já conquistou pelo menos uma cidade portuária.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. O presidente russo Vladimir Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.
O líder russo também argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano.