
A Rússia declarou um “cessar-fogo” de 5 horas, e disse que seu Exército pararia ataques “localizados” neste sábado, 05. Duas regiões seriam beneficiadas: Mariupol e Volnovakha, que ficam no leste da Ucrânia.
Logo após o anúncio, chegou a informação de que a retirada dos habitantes de Mariupol foi adiada devido a violações russas do cessar-fogo, segundo acusou a prefeitura da cidade.
A retirada de civis, que deveria começar antes do meio-dia (horário local), “foi adiada por razões de segurança“, já que as forças russas “continuam bombardeando Mariupol e seus arredores“, afirmou a prefeitura no aplicativo Telegram.
Segundo a RIA, agência russa de notícias, civis poderiam deixar Mariupol e suprimentos e medicamentos poderiam chegar à cidade durante esse período de cinco horas. A cidade está sem energia elétrica, alimentos, água, gás e transportes.
De acordo com o site UOL, um funcionário da ONG Médicos Sem Fronteiras, refugiado em Mariupol com sua família, relatou que está coletando “neve e água da chuva” para substituir a água. Os locais de distribuição registram longas filas.
Entenda a invasão à Ucrânia
A Ucrânia foi invadida pela Rússia no dia 23 de fevereiro. O exército russo avança pelas regiões da fronteira em direção às principais cidades ucranianas. Kiev e Kharkiv são os principais alvos das tropas russas.
O exército russo também ganha terreno no litoral e já conquistou pelo menos uma cidade portuária.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na Otan, aliança militar do Ocidente. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.
O líder russo também argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.