O crescimento econômico da América Latina este ano será inferior ao previsto anteriormente, já que a onda de criminalidade regional e o envelhecimento da população agravam os problemas decorrentes das difíceis perspectivas globais, de acordo com o Banco Mundial.
A região crescerá 1,6% em 2024, abaixo da estimativa de setembro de 2,3%, conforme o relatório econômico para a América Latina e o Caribe do organismo publicado na quarta-feira (10). A América Latina está ficando para trás em relação a outras regiões, mesmo depois de ter superado a maioria dos piores efeitos da pandemia e, ao mesmo tempo, reduzir a inflação e o desemprego.
A China, principal parceiro comercial da região, registra um crescimento “imprevisível” e “lento”, e espera-se que os preços mundiais das matérias-primas caiam este ano, o que afetará a atividade em toda a região. Isso se aplica mesmo para economias como o México, que se beneficiaram do estabelecimento de empresas para atender clientes norte-americanos em uma prática conhecida como nearshoring.
El PIB de #AmLat y el #Caribe crecerá 1.6% en 2024, por debajo de todas las demás regiones del mundo.
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— Banco Mundial | América Latina y el Caribe (@BancoMundialLAC) April 11, 2024
“América Latina e o Caribe não apenas cresceram menos que outros mercados emergentes e economias em desenvolvimento, mas o ritmo pelo qual a região cresceu desacelerou durante a última década”, escreveram membros do Banco Mundial.
Ao mesmo tempo, a violência tornou-se “mais grave e generalizada”, segundo o organismo, afetando tanto os cidadãos quanto os investimentos. A taxa de homicídios na América Latina é quatro vezes maior que a média mundial e é a única região do mundo onde esse número está aumentando. Exemplos disso são o aumento da violência de gangues no Equador, onde um candidato presidencial foi assassinado no ano passado, e também no Haiti, onde o ex-presidente Jovenel Moïse foi assassinado em 2021.
“Os países da América Latina e do Caribe são mais violentos do que o previsto pelo seu PIB per capita ou suas taxas de pobreza, o que sugere que os altos níveis de violência não são explicados pelo estágio de desenvolvimento”, aponta o relatório.
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