
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 3,4% em 2024, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (7). O resultado ficou um pouco abaixo da projeção do Ministério da Fazenda e do mercado, que estimavam crescimento de 3,5%, mas superou a taxa de 3,2% registrada em 2023.
O desempenho da economia foi impulsionado, principalmente, pelos setores de serviços e indústria. Os serviços tiveram alta de 3,7%, enquanto a indústria cresceu 3,3%. Já a agropecuária apresentou retração de 3,2%, impactada por fatores climáticos que prejudicaram as colheitas ao longo do ano anterior.
Com esse resultado, o PIB brasileiro atingiu R$ 11,7 trilhões. O PIB per capita, que mede a riqueza gerada por habitante, chegou a R$ 55.247,45, representando um avanço real de 3,0% em relação a 2023.
(1/3) O Produto Interno Bruto (#PIB) do país apresentou variação positiva de 0,2% no quarto trimestre de 2024 contra o terceiro e encerrou o ano com crescimento de 3,4%, totalizando R$ 11,7 trilhões. pic.twitter.com/afBjvmkifA
— IBGE Comunica (@ibgecomunica) March 7, 2025
Indústria impulsiona crescimento do PIB
O setor industrial teve crescimento expressivo em segmentos como construção civil, que avançou 4,3%. O resultado foi impulsionado pelo aumento da ocupação no setor, pela maior produção de insumos e pela ampliação do crédito imobiliário.
As Indústrias de Transformação cresceram 3,8%, impulsionadas principalmente pela produção de veículos, equipamentos de transporte, máquinas elétricas, alimentos e móveis.
Outros setores também registraram crescimento: eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos avançaram 3,6%, favorecidos pelo aumento das temperaturas médias. Já as Indústrias Extrativas cresceram 0,5%.
Serviços mantêm ritmo e sustentam alta do PIB
Todas as áreas do setor de serviços tiveram crescimento em 2024. Os destaques foram Informação e Comunicação (6,2%), Outras Atividades de Serviços (5,3%) e Comércio (3,8%). O setor financeiro, incluindo seguros e serviços relacionados, avançou 3,7%, enquanto atividades imobiliárias cresceram 3,3%.
Os setores de transporte, armazenagem e correio registraram alta de 1,9%, enquanto administração pública, saúde, educação e seguridade social cresceram 1,8%.
Investimentos e consumo em alta
A Formação Bruta de Capital Fixo, que representa os investimentos na economia, teve o maior crescimento percentual do período, com alta de 7,3%. O avanço foi impulsionado pela maior produção interna e importação de bens de capital, além da expansão da construção civil e do desenvolvimento de software.
O consumo das famílias cresceu 4,8%, refletindo a melhora no mercado de trabalho, a ampliação do crédito e os programas de transferência de renda do governo. Já o consumo do governo registrou alta de 1,9%.
No comércio exterior, as exportações de bens e serviços cresceram 2,9%, enquanto as importações subiram 14,7%. Os principais produtos importados foram químicos, máquinas e aparelhos elétricos, veículos automotores e equipamentos industriais.
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