PACOTE ECONÔMICO

Comissão do Senado aprova texto-base de projeto que taxa investimentos no exterior

O ministério da Fazenda estima que será possível recolher cerca de R$ 20 bilhões com os tributos

Comissão do Senado aprova texto-base de projeto que taxa investimentos no exterior
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado realiza reunião deliberativa (Crédito Foto: Pedro França/Agência Senado)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta quarta-feira (22) o texto-base do projeto que prevê a taxação das offshores (investimentos no exterior) e de fundos de investimento exclusivos para pessoas de alta renda.

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Antes de seguir para votação no plenário principal da Casa, os membros do colegiado ainda precisam analisar dois destaques – sugestões de mudança – ao texto.

A proposta faz parte do pacote econômico do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação em 2024. A pasta estima que será possível recolher cerca de R$ 20 bilhões com os tributos.

O montante é considerado essencial pelo governo para que a União alcance a meta estabelecida por Haddad de déficit zero nas contas públicas do próximo ano.

Em seu parecer, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), afirmou que as novas regras para taxação desses investimentos são importantes para “equiparar a legislação brasileira com a das principais economias do mundo”.

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Vieira pontuou ainda que o texto está “alinhado com recomendações internacionais, incluindo as da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)”.

O parlamentar sergipano ainda ressaltou que “essa medida é importante para adequar a regulamentação dessas operações aos padrões internacionais”.

A proposta aprovada pela CAE altera a taxação de lucros com offshores — rendimentos obtidos fora do Brasil, por meio de aplicações financeiras ou empresas no exterior.

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Com o projeto aprovado, a tributação será feita uma vez ao ano, em 31 de dezembro, e será de 15% — percentual menor do que o desejado pelo governo e ao que era previsto na primeira versão do relator, que podia chegar a 22,5%.

Fundos exclusivos são feitos de forma personalizada para cada cotista e, atualmente, têm pagamento de imposto somente no momento do resgate da aplicação.

Segundo o projeto, a tributação dos fundos exclusivos será realizada duas vezes ao ano, a cada seis meses — o chamado “come-cotas”, que já é aplicado hoje a outros tipos de fundos.

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