Em janeiro deste ano, executivo renunciou ao cargo após descobrir um rombo bilionário na Americanas, estimado inicialmente em R$ 20 bilhões. Rial ficou no cargo apenas nove dias.
Na semana passada, Americanas informou ao mercado que o que aconteceu foi fraude e atribuiu a responsabilidade à diretoria que comandava a Americanas antes da chegada de Rial.
O depoimento de Rial é considerado uma peça importante para a comissão parlamentar reconstituir as causas do escândalo financeiro.
O executivo se tornou réu em um processo administrativo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ele é acusado de não ter feito um esclarecimento do rombo na Americanas aos investidores.
Entenda o caso
O escândalo foi divulgado ao mercado no dia 11 de janeiro. No dia seguinte, Rial falou sobre o assunto por meio de uma teleconferência com o banco BTG Pactual, que tinha R$ 3,5 bilhões a receber das Americanas. A reunião teve uma participação reduzida de pessoas. O executivo nega qualquer irregularidade.
Rial foi convidado a assumir o comando da Americanas por um dos controladores da empresa e contou com a chancela do conselho de administração da companhia. Depois de tomar posse, foi informado sobre as inconsistências contábeis e decidiu renunciar ao cargo.
Mais depoimentos
Os próximos depoimentos ocorrerão apenas na primeira semana de julho. Os deputados vão ouvir um dos ex-diretores da Americanas. Há requerimento para convocação de, pelo menos, nove executivos. Os nomes ainda não foram definidos.
Na CPI das Lojas Americanas, @MottaTarcisio fala sobre a balela da meritocracia é usada para mascarar o capitalismo e a exploração dos trabalhadores em função de um lucro incesante de determinadas organizações! pic.twitter.com/WJTgDWQ30s
— PSOL 50 (@psol50) June 23, 2023
Depois de ouvir os ex-diretores, a CPI pretende ouvir representantes de grandes auditorias como KPMG e PwC para esclarecer se houve conivência com o esquema de fraude investigado pela comissão.
Já foram aprovadas quebras de sigilo dos ex-diretores da Americanas. Os documentos secretos serão analisados pelos deputados em reuniões fechadas.