Na última quinta-feira, dia 29, o Ministério da Previdência Social e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) chegaram a um acordo que prevê reajustes salariais parcelados, reestruturações de carreira e o cumprimento de negociações anteriores. Apesar desse avanço, a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continua.
Por Que a Maioria dos Servidores Rejeitou o Acordo?
Embora o acordo tenha sido aprovado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maioria dos servidores, representados por sindicatos como a Fenasps e o Sindsprev, não aceitou os termos apresentados.
Essas entidades afirmam que a proposta não atende às demandas essenciais dos trabalhadores, levando a categoria a manter e até intensificar a greve, que já dura três meses.
Quais Foram as Propostas Oferecidas pelo Governo?
O governo propôs reajustes salariais escalonados para 2025 e 2026, além de mudanças na tabela de remuneração e na Gratificação de Desempenho da Atividade do Seguro Social (GDASS). O reajuste acumulado poderia variar entre 24,8% e 29,9% de 2023 a 2026, dependendo do nível de carreira e carga horária semanal.
Além disso, o governo propôs a ampliação da tabela remuneratória, o reposicionamento dos servidores existentes e a incorporação da Gratificação de Atividade Executiva (GAE) ao vencimento base.
Há Outras Mudanças na Proposta do Governo?
Além dos reajustes salariais, a proposta inclui a criação do Comitê Gestor da Carreira, previsto para começar a operar em outubro de 2024, e mudanças na Lei 10.855/2004 para garantir atribuições específicas à carreira do Seguro Social dentro do INSS. Essas mudanças visam valorizar os servidores e ajustar funções específicas, mas ainda não convenceram a maioria dos trabalhadores a encerrar a greve.
Qual o Impacto da Greve no Atendimento do INSS?
A greve do INSS tem causado um impacto significativo no atendimento. Desde o início da paralisação, o número de pedidos de reconhecimento de direitos aumentou em 11,27%, passando de 1.353.910 para 1.506.608.
Cerca de quatro mil perícias médicas foram remarcadas, e aproximadamente cem mil pessoas não foram atendidas nas 1.572 agências da Previdência Social em todo o Brasil. Essa situação afeta diretamente tanto os servidores quanto os beneficiários do INSS, aumentando a pressão por uma solução justa e eficaz.
Siga a gente no Google Notícias