Segundo dados divulgados nesta terça-feira (14) pelo Instituto Nacional de Estadística e Censos (Indec), a inflação anual da Argentina subiu pelo 12° mês seguido em janeiro e foi a 98,8%. O resultado representa uma aceleração em relação ao avanço mensal de 5,1% no mês anterior.
O aumento foi de quatro pontos percentuais comparado a dezembro do ano passado, quando foi registrado 94,8%. Em janeiro, a taxa mensal foi de 6%. Essa é a inflação mais alta do país desde outubro de 1991, quando a taxa anual ficou em 102,4%.
Os setores que tiveram a maior alta de preços no mês foram: lazer e cultura (9%); e água, eletricidade, gás e outros combustíveis (8%). Já os que apresentaram as menores altas foram: educação (1,1%); e vestimentas e calçados (2,3%).
Histórico
Os números na Argentina são preocupantes há meses. Em agosto de 2022, o país já havia acumulado uma inflação anual de 71%, a mais alta de todo o continente americano, superando, a da Venezuela.
Para tentar conter a inflação, o governo de Alberto Fernández lançou um plano de “Preços Justos“, um acordo com as empresas de alimentação e higiene destinado a congelar os preços de cerca de 2.000 itens de primeira necessidade até março e autorizar aumentos mensais de até 4% para outros 30.000 artigos.
No ano de 2021 a Argentina fechou o ano com uma inflação de 50,9%. O governo espera controlar os índices e terminar 2023 em 60%.
Em relação aos integrantes do G20, a Argentina é o país com a maior inflação do grupo e a maior taxa de juros (75% em novembro de 2022).
Siga a gente no Google NotíciasInflação anual da Argentina em janeiro se aproxima de 100%https://t.co/08alczjYAy
— Valor Econômico (@valoreconomico) February 14, 2023