VOAR ESTÁ MAIS CARO

IPCA atinge 0,24% em outubro; passagens aéreas sobem quase 24%

No grupo de alimentação e bebidas, que apresentou a quarta deflação consecutiva; comer em casa ficou 0,27% mais caro: bata-inglesa, cebola e frutas foram os itens com maiores altas

Dezembro foi o quarto mês seguido com variações positivas desse subitem, que representou o maior impacto individual sobre a inflação do país
IPCE tem alta registrada – Crédito Foto: Acervo IBGE

O IPCA atingiu 0,24% em outubro, após a alta de 0,26% no mês anterior; é o quarto mês seguido de taxas positivas do indicador. Os preços das passagens aéreas, que subiram 23,70% na comparação com o mês anterior, foram os maiores responsáveis pelo resultado de outubro.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é a medida oficial da inflação; os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Esse item já vinha de uma alta de 13,47% em setembro. No ano, a inflação acumulada do país é de 3,75% e, nos últimos 12 meses, de 4,82%.

“É o segundo mês seguido de alta das passagens aéreas. Essa alta pode estar relacionada a alguns fatores como o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano”, explicou o gerente da pesquisa, André Almeida.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa tiveram inflação. Dentre eles, os destaques foram transportes (0,35%) e alimentação e bebidas (0,31%), que têm maior peso no índice. Além do aumento das passagens aéreas, o grupo de transporte teve como destaque as altas do táxi (1,42%) e do óleo diesel (0,33%), único item dos combustíveis (-1,39%) que registrou inflação. No período, os preços da gasolina (-1,53%), do gás veicular (-1,23%) e do etanol (-0,96%) caíram.

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“A gasolina é o subitem de maior peso entre os 377 da cesta do IPCA. Essa queda em outubro foi o maior impacto negativo no índice (-0,08 p.p) e contribuiu para segurar o resultado do grupo de transportes”, disse Almeida.

Já no grupo de alimentação e bebidas, que vem de quatro deflações consecutivas, a alimentação no domicílio subiu 0,27%. A alta foi impulsionada pelo aumento nos preços da batata-inglesa (11,23%), da cebola (8,46%), das frutas (3,06%), do arroz (2,99%) e das carnes (0,53%).

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