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Liderança feminina: encontro fala sobre importância das mulheres nas empresas

Especialistas debateram sobre maternidade, postura profissional e avanços para o futuro

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Casa LIDE reuniu especialistas para discutir sobre importância de mulheres em cargos altos – Créditos: Evandro Macedo/LIDE

39,3% dos cargos de gerência no Brasil são ocupados por mulheres, de acordo com dados publicados pelo IBGE em 2022. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) também revelou que 44% da força de trabalho é feminina, ao mesmo tempo em que as mulheres representam 55,5% dos desempregados. Em um país onde, segundo o Dieese, a mão de obra feminina é minoria, faz-se necessário reconhecer as distorções de gênero existentes no mercado, bem como gerar debates sobre o assunto.

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As adversidades e vantagens de ser mulher no mercado de trabalho foi um dos assuntos discutidos no Seminário Mulheres Líderes, sediado nesta quarta-feira (3) na Casa LIDE em São Paulo. O evento contou com a participação de Renata Vichi, CEO do Grupo CRM, e Ana Moisés, Head do LinkedIn Brasil. Nadir Moreno, Head Latin American da UPS e Presidente do LIDE Mulher e Celia Pompeia, vice-presidente do LIDE Mulher ficaram encarregadas da mediação.

Mulheres reais

Para tratar de responder à pergunta norteadora do encontro (“O papel da liderança feminina no mundo dos negócios”), as palestrantes trouxeram relatos emocionantes e vulneráveis sobre suas histórias pessoais.

Renata Vichi, por exemplo, relembrou sua trajetória profissional no Grupo CRM, que é dono da Kopenhagen, Brasil Cacau e DanTop. Ela, que entrou na empresa aos 16 anos, lidera mais de mil funcionários – e gerencia marcas cujo faturamento equivale a quase R$ 2 bilhões.

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“A gente sabe que existe um caminho muito árduo para nós, mulheres”, disse. Apesar das dificuldades, a profissional aconselhou as espectadoras a se orgulhar do espaço que ocupam. “Rótulos nunca me serviram. O limite não é restritivo, ao meu ver, quando você tem clareza e intencionalidade sobre aquilo que você quer buscar. Temos que fazer esse exercício de não caber numa máxima que o mercado tenta impor nas mulheres”.

Renata também faz questão de abrir portas para as próximas líderes do mercado. Hoje, 60% dos cargos de gestão na Kopenhagen são ocupados por mulheres.

 

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Similarmente, Ana Moisés, pioneira na indústria da internet, relatou os obstáculos e vivências que a redirecionaram profissionalmente. Após assumir um risco na Microsoft e no MSN antes mesmo da internet se consolidar, traçou uma carreira brilhante no universo do marketing. Para ela, sua independência financeira sempre foi uma questão de sobrevivência. E, sem papas na língua, defendeu que as mulheres precisam de ousadia, acima de tudo.

“As mulheres são modestas, mas estão mais preparadas do que imaginam. Enquanto mulheres começam suas carreiras no estágio, no Linkedin, os homens parecem ter começado suas carreiras como gerentes. As mulheres costumam se inscrever para determinada vaga quando preenchem 100% dos skills necessários, e isso não é sobre ter menos ambição”.

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