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Quase R$ 5 bilhões do fundo do pré-sal vão para empresas gaúchas

Programa do BNDES foi criado para apoiar companhias e empreendedores em áreas impactadas por desastres climáticos no estado

O programa foi criado para apoiar empresas e empreendedores em áreas impactadas por desastres climáticos no estado.
Programa do BNDES atende empresas afetadas pelas enchentes – Crédito: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou cerca de um terço dos R$ 15 bilhões disponibilizados pelo Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, por meio do Fundo Social. O balanço, divulgado na quinta-feira (8), revela que até 5 de agosto foram aprovados R$ 4,8 bilhões em mais de 2.680 operações. Pequenas e médias empresas ficaram com mais de 80% desses recursos.

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O programa foi criado para apoiar empresas e empreendedores em áreas impactadas por desastres climáticos no estado, oferecendo ajuda financeira para aqueles que sofreram danos materiais. O Fundo Social, de onde provêm os recursos, foi instituído em 2010 com verbas geradas pela exploração de petróleo e gás natural no pré-sal.

Segundo o BNDES, o montante de R$ 15 bilhões do Fundo Social é dividido em dois segmentos: R$ 7,85 bilhões são destinados a empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões, enquanto R$ 7,159 bilhões são canalizados para o apoio indireto por meio de parceiros financeiros, como bancos privados e públicos, cooperativas de crédito e outros agentes que operam no Rio Grande do Sul.

A maior parte do orçamento destinado ao apoio indireto já foi utilizada. De um total de R$ 7,1 bilhões reservados para micro, pequenas e médias empresas, foram executados cerca de R$ 4,3 bilhões, o que corresponde a mais de 60% do total, com destaque para o setor de comércio e serviços.

Nas últimas semanas, o banco também autorizou operações no setor de infraestrutura, voltadas à recuperação das áreas de energia e transporte, incluindo rodovias e aeroportos. Essas operações, segundo o BNDES, exigem análises detalhadas devido ao alto volume de recursos e ao impacto significativo na economia local.

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Segundo a reportagem da Agência Brasil, o relatório também destaca que a maior parte dos recursos do programa foi destinada a crédito para Capital de Giro, totalizando R$ 4,1 bilhões em crédito emergencial para atender às necessidades imediatas das empresas gaúchas. Esses recursos foram usados para pagar salários, comprar insumos, quitar fornecedores e manter empregos. Além disso, foram aprovados R$ 623 milhões para a linha de crédito Máquinas e Equipamentos e R$ 86,5 milhões para Investimento e Reconstrução.

Ao considerar os R$ 4,8 bilhões autorizados pelo Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, somados aos R$ 1,6 bilhão em suspensão de pagamentos e R$ 2,1 bilhões em crédito do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI PEAC), o BNDES mobilizou um total de R$ 8,5 bilhões para auxiliar empresas no estado afetadas pela tragédia climática.

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