O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu a implementação de escolas cívico-militares em São Paulo durante a Conferência de Ação Política Conversadora (CPAC), em Balneário Camboriú (SC), neste sábado (6).
Ele criticou as objeções à medida, sancionada em maio, que visa criar entre 50 e 100 escolas cívico-militares, transformando unidades existentes.
“São Paulo aprovou a lei [das escolas cívico-militares], e tem gente que ataca isso. Como pode alguém ser contra as escolas cívico-militares? Não faz sentido isso”, disse o governador.
Discurso de Tarcísio de Freitas na CPAC 2024 pic.twitter.com/3qCztak0ti
— Carlos (@carlosobritoo) July 6, 2024
O que são as escolas cívico-militares?
Segundo o governador, o projeto tem como objetivo criar um ambiente de maior segurança e disciplina, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino.
As escolas selecionadas para se tornarem cívico-militares serão escolhidas mediante critérios como índice de rendimento abaixo da média estadual, índices de vulnerabilidade e fluxo escolar, que inclui taxas de aprovação, reprovação e abandono. Esta seleção pretende priorizar as áreas mais necessitadas onde, segundo o governo, a introdução de disciplina militar poderia gerar melhores resultados educacionais.
Este modelo, no entanto, é opcional e requer adesão voluntária tanto das escolas quanto dos estudantes e suas famílias, frisou o governador. A ideia é complementar e não substituir completamente os sistemas educacionais já existentes em São Paulo.
“A gente coloca uma opção adicional no cardápio, as escolas cívico-militares, para criar um ambiente onde tenhamos mais segurança, onde possa desenvolver o civismo, fazer com que a disciplina seja o vetor da melhoria da qualidade de ensino. A adesão é voluntária. Ninguém vai ser obrigado a estudar em uma escola cívico-militar. Só vai quem quiser”, informou Tarcísio.
Apesar do apoio do governador, o projeto enfrentou oposição. PSOL e PT protocolaram ações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a proposta, levando os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes a solicitarem explicações ao governo estadual e à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
As siglas preocupam-se com o que consideram um retrocesso educacional e uma eventual militarização do ambiente escolar, que poderia afetar negativamente a formação cívica e crítica dos estudantes paulistas.
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