Impeachment nos EUA

Bill Clinton e Monica Lewinsky: Relembre o escândalo que completa 25 anos

Na época, o chefe de Estado mantinha um caso extraconjugal com a jovem que trabalhava como estagiária na Casa Branca.

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Bill Clinton e Monica Lewinsky (Crédito: Spencer Platt/Getty Images e Rodin Eckenroth/Getty Images)

Em janeiro de 1998, o escândalo político que levou ao impeachment do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton tornou Monica Lewinsky mundialmente conhecida. Na época, o chefe de Estado, casado com Hillary Clinton, mantinha um caso extraconjugal com a jovem que trabalhava como estagiária na Casa Branca.

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Monica, nascida na Califórnia, tinha 22 anos e era recém-formada em psicologia. Ela teve seus encontros íntimos expostos após Linda Tripp, uma amiga, vazar gravações de diálogos confidenciais entre as duas sobre o relacionamento com o ex-presidente. As conversa foram entregues para o promotor Kenneth Starr, que já investigava Clinton por acusação de assédio sexual contra uma jovem chamada Paula Jones – quando ainda era governador do estado do Arkansas.

Nas confissões ficava claro que, semelhantemente à história contada por Jones, Monica Lewinsky teria se envolvido com o Bill algumas vezes e que Clinton teria dito à ex-estagiária para mentir, sob juízo, no caso Paula Jones.

Diante da exposição, Lewinsky aceitou um acordo para dar o depoimento completo sobre sua relação com o presidente.

A repercussão do caso, baseado nesta investigação, levou o Congresso norte-americano a abrir um processo de Impeachment contra Bill Clinton, que acabou sendo absolvido no Senado em 1999.

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Em 2021, Monica participou do podcast “The Ax Files”, de David Axelrod, da CNN, e contou que a situação a levou a pensar em suicídio. “Simplesmente não conseguia ver uma saída. E pensei que talvez essa fosse a solução”. “Minha narrativa foi roubada e eu a perdi tentando retroceder, tentando fugir de tudo o que tinha acontecido por muitos anos”, complementa.

Em homenagem à data, Lewinsky compartilhou ontem (19), em um artigo para a revista Vanity Fair, 25 aleatoriedades que aprendeu após o escândalo. 

Entre os pontos compartilhados, cita de forma positiva o progresso da sociedade diante da mentalidade de culpar a mulher. “Um excelente exemplo: o que começou em 1998 como ‘o escândalo Lewinsky ou ‘o caso Lewinsky’ […] passou por uma atualização de nomenclatura com o passar dos anos. […] A cultura e a mídia se adaptaram […] para rebatizar toda a narrativa como ‘o escândalo de Clinton’ ou ‘o impeachment de Clinton'”, afirmou.

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Além disso, também citou Linda Tripp no tópico 22: “Escolha seus amigos com cuidado. Vinte e cinco anos atrás eu tinha um dos piores amigos do mundo: Linda ‘Judas, segure minha cerveja’ Tripp. Embora eu tenha deixado de lado o ressentimento e a amargura que a cercavam e sua traição, não esqueci o quanto sou afortunada por poder confiar em novas pessoas.

Finalizou o texto falando sobre superação. 

Por fim, não sei como dizer isso a não ser para ser direto e insuportavelmente brega: você pode sobreviver ao inimaginável. (Não foi à toa que chamei minha produtora de cinema e TV de Alt Ending.)”.

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A história inspirou a terceira temporada da série de crimes reais American Crime Story.

 

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