O Dia Mundial do Rock tem sua origem na performance histórica do Live Aid, evento beneficente organizado pelos músicos europeus Midge Ure e Bob Geldof. As apresentações aconteceram no dia 13 de julho de 1985 em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos – simultaneamente. Os shows de dezenas de artistas renomados foram transmitidos ao vivo para 110 países, e os lucros obtidos foram direcionados ao combate à fome em países africanos.
Após subir ao palco para se apresentar, o músico Phil Colins, à época vocalista da banda Genesis, deu a ideia de que o dia 13 de julho fosse marcado como o “dia mundial do rock“. Embora a sugestão tenha sido aplaudida, não houve adesão no exterior. No Brasil, porém, a data passou a ser comemorada pelas rádios paulistanas 97 FM e 89 A Rádio Rock. A Kiss FM, que estreou anos mais tarde, também aderiu à celebração anual, e assim a data se difundiu no país.
Com informações do portal iHeartRadio, reunimos cinco curiosidades sobre o concerto Live Aid. Confira:
A música por trás do evento
A ideia do concerto surgiu do projeto de estúdio de Geldof e Ure, chamado “Do They Know It’s Christmas”. A gravação reuniu muitas estrelas britânicas em uma música com proposta beneficente, dedicada à mesma causa. O single arrecadou 44 milhões de dólares, enquanto o Live Aid arrecadou outros 127 milhões.
Interação de Bono Vox e um fã
A banda U2 tocou “Sunday Bloody Sunday” e uma versão estendida de “Bad”, durante a qual o vocalista Bono Vox usou 17 minutos de apresentação para ajudar um fã na platéia a passar por uma cerca de proteção de arame para chegar até o palco. Isso significava que a banda não teria mais tempo para tocar seu recente hit “Pride (In the Name of Love)”. Ainda assim, o momento emocionante provocado pelo esforço de Bono fez do set do U2 um dos mais memoráveis do dia.
Performance da banda Queen
Um dos pontos altos do evento na Inglaterra foi o set de 19 minutos da banda Queen, que apresentou seis músicas. O vocalista Freddie Mercury dominou completamente o palco e cativou o público de um jeito único. Uma pesquisa da BBC de 2005 classificou a participação do Queen no Live Aid como a “maior performance de rock de todos os tempos“.
Reunião do Black Sabbath
A apresentação da banda Black Sabbath na Filadélfia uniu a formação original pela primeira vez em sete anos. Considerando a problemática existente entre o grupo e seu vocalista original, Ozzy Osbourne, até aquele momento, o reencontro foi considerado um “milagre”.
Convites não aceitos
O músico Bruce Springsteen foi convidado a se apresentar no evento em Londres, mas recusou. O seu histórico como ativista de direitos humanos e causas beneficentes fizeram com que a recusa fosse recebida com surpresa. Depois disso, Springsteen disse que se arrependeu da decisão. Outros que não aceitaram participar do Live Aid foram as bandas Van Halen e Talking Heads.