Filme conta história de menino judeu de seis anos sequestrado pela Igreja Católica

“O Sequestro do Papa”, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 18, retrata a verdadeira história de Edgardo Mortara

O diretor explicou que sua intenção foi contar uma história humana tocante, sem tomar partido ou emitir juízos sobre a Igreja Católica
O diretor explicou que sua intenção foi contar uma história humana tocante, sem tomar partido ou emitir juízos sobre a Igreja Católica – Crédito: Divulgação / Pandora Filmes

Chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 18, um filme que pode despertar emoções e debates entre os espectadores. Dirigido por Marco Bellocchio, “O Sequestro do Papa” narra a impressionante história real de Edgardo Mortara, numa trama que mistura fé, identidade e a luta de uma família para recuperar seu filho.

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Aos seis anos de idade, Edgardo Mortara foi arrancado do seio de sua família judia em Bolonha, Itália, por ordem da Igreja Católica, sob a justificativa de que havia sido batizado secretamente pela empregada da família quando ainda era um bebê. Crescendo sob os cuidados da Igreja, Edgardo acabou tornando-se padre, uma reviravolta que poucos poderiam imaginar.

O episódio ocorrido entre 23 e 24 de junho de 1858 é mais do que um relato do passado; é um testemunho dos conflitos religiosos e sociais da época. A história de Edgardo, seus pais e irmãos ganhou notoriedade mundial e foi objeto do livro “O Sequestro de Edgardo Mortara“, escrito por David I. Kertzer.

 

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Ao abordar este tema delicado, Marco Bellocchio faz questão de ressaltar que o filme não possui uma agenda política. Em entrevista ao Festival de Cannes, o diretor explicou que sua intenção foi contar uma história humana profundamente tocante, sem tomar partido ou emitir juízos sobre a Igreja Católica. A trama é baseada em fatos e fundamentada em extensa pesquisa histórica, incluindo escritos de Daniele Scalise e Vittorio Messori.

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A obra cinematográfica explora não apenas o sequestro dramático de Edgardo, mas também eventos históricos subsequentes importantes como o julgamento em 1860 e a captura de Roma em 1870.

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